Política

Promotor alerta sobre a 'pejotização do crime organizado' como ameaça ao Estado

Facções criminosas utilizam empresas para concorrer em licitações e infiltrar se no Estado. Promotor Lincoln Gakiya alerta sobre a "pejotização" do crime organizado e propõe projeto de lei antimáfia. A Operação Fim da Linha revelou o envolvimento de empresas de transporte com o PCC, que desviou R$ 800 mil dos cofres públicos. Gakiya destaca a urgência de combater essa nova forma de criminalidade, que corrompe autoridades e ameaça a segurança pública. A Polícia Federal já apreendeu R$ 6,4 bilhões de organizações criminosas, evidenciando a gravidade da situação.

Foto:Reprodução

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Redes de empresas legalmente constituídas estão sendo utilizadas por facções criminosas no Brasil para concorrer em licitações de serviços públicos e infiltrar-se no Estado. O promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo, destacou esse fenômeno, denominado "pejotização do crime organizado", durante o 2º Seminário Internacional de Segurança Pública, Direitos Humanos e Democracia.

Gakiya, especialista em PCC (Primeiro Comando da Capital), afirmou que a criação de empresas ligadas ao crime é uma das transformações mais alarmantes na atuação de grupos criminosos. Ele mencionou a Operação Fim da Linha, que revelou o envolvimento de empresas de transporte com o PCC. A investigação identificou que as empresas UPBus e Transwolff, que transportavam 700 mil passageiros diariamente, estavam recebendo R$ 800 mil dos cofres municipais.

O promotor questionou como indivíduos envolvidos com o tráfico internacional e procurados pela Interpol podiam ter controle acionário de uma empresa de ônibus na maior capital do Brasil. A Justiça determinou que a Prefeitura de São Paulo assumisse a operação das linhas de ônibus administradas por essas empresas. Gakiya ressaltou que o PCC não se limita a lavar dinheiro, mas busca lucros às custas dos cofres públicos.

Projeto Antimáfia

Durante o seminário, foi debatido um projeto de lei antimáfia, proposto por Gakiya, que visa combater organizações criminosas mais sofisticadas. Ele argumentou que essas máfias não se restringem ao tráfico de drogas e armas, mas também corrompem autoridades e se infiltram em serviços públicos. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, confirmou a existência de um grupo de trabalho para discutir essa proposta.

Rodrigues destacou que, no ano passado, a PF apreendeu R$ 6,4 bilhões de organizações criminosas, incluindo dinheiro e bens. O presidente do Iree, Walfrido Warde, sugeriu a criação de uma agência antimáfia no Brasil, como parte do projeto de lei em discussão. Essa iniciativa visa fortalecer o combate ao crime organizado e melhorar as ferramentas de investigação.

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