EUA adotam nova estratégia e prendem estudante venezuelano durante audiência judicial

A prisão de Dylan, um estudante venezuelano de 20 anos, pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), dentro de um tribunal de imigração em Nova York, gerou preocupações sobre os direitos dos imigrantes. O incidente ocorreu na última quarta-feira, após o indeferimento de seu caso durante uma audiência. Essa ação reflete uma nova estratégia do governo Trump para acelerar deportações, com agentes do ICE atuando em tribunais.

Dylan, que estava matriculado na Ellis Prep Academy, foi detido logo após a audiência, sem a presença de um advogado. Ele havia chegado aos Estados Unidos em abril de 2024, sob um programa que permitia a entrada de migrantes para solicitar asilo. Sua mãe, Raiza, expressou preocupação com a segurança do filho, afirmando que ele não possui antecedentes criminais e trabalhava para ajudar a família.

A prisão de Dylan levantou críticas entre educadores e defensores dos direitos dos imigrantes. Melissa Aviles-Ramos, presidente da escola, e Michael Mulgrew, presidente da Federação Unida de Professores, manifestaram apoio ao estudante, destacando que sua detenção ocorreu em um momento em que ele deveria estar protegido legalmente.

O prefeito de Nova York, Eric Adams, ao ser questionado sobre o caso, afirmou que a situação está além de sua alçada, ressaltando que as leis de santuário da cidade limitam a cooperação com autoridades federais. A porta-voz do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, defendeu a ação do ICE, alegando que Dylan havia entrado "ilegalmente" no país, embora seus advogados contestem essa afirmação.

A detenção de Dylan não apenas impactou sua vida, mas também gerou um clima de insegurança entre os mais de 40 mil estudantes imigrantes nas escolas de Nova York. Organizações de defesa dos direitos humanos criticaram a abordagem do ICE, afirmando que a prisão de estudantes em tribunais prejudica a confiança nas instituições e coloca em risco a segurança das comunidades.