28 de mai 2025

Procuradoria declara inconstitucionalidade do decreto que proíbe transporte de moto
Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo considera inconstitucional decreto que proíbe transporte de passageiros por motocicletas via aplicativo. A norma, que gerou polêmica e ações judiciais, foi contestada após um acidente fatal. A disputa entre a prefeitura e as plataformas de transporte continua, com multas diárias de R$ 30 mil para as empresas que não cumprirem a suspensão.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Procuradoria declara inconstitucionalidade do decreto que proíbe transporte de moto
Ouvir a notícia
Procuradoria declara inconstitucionalidade do decreto que proíbe transporte de moto - Procuradoria declara inconstitucionalidade do decreto que proíbe transporte de moto
A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo reafirmou a inconstitucionalidade do decreto da prefeitura que proíbe o transporte de passageiros por motocicletas via aplicativo. O parecer foi emitido na segunda-feira, 26, pelo subprocurador-geral de Justiça, Wallace Paiva Martins Junior, em resposta a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade da Confederação Nacional de Serviços (CNS).
No documento, o subprocurador argumenta que a norma do prefeito Ricardo Nunes (MDB) "proibiu o exercício de atividade privada, permitida por lei federal". Ele destaca que a regulamentação do transporte motorizado é uma competência da União, e não dos municípios. A legislação federal estabelece que as prefeituras devem apenas regulamentar e fiscalizar o serviço, sem poder proibir sua realização.
Contexto do Decreto
O parecer surge em meio a um cenário de controvérsias jurídicas e a suspensão do serviço na cidade, que ocorreu após um acidente fatal envolvendo uma passageira da 99 Moto. O acidente, que resultou na morte da passageira, ocorreu na avenida Tiradentes, quando a moto colidiu com a porta de um carro. Após a decisão judicial, as empresas Uber e 99 interromperam suas operações de transporte de passageiros por motocicletas.
A prefeitura argumentou em sua ação judicial que as plataformas de transporte não seguem normas de segurança, como a proibição do transporte de menores de 21 anos e a exigência de atestados de antecedentes criminais para os condutores. Além disso, a prefeitura mencionou a falta de dispositivos de segurança, como coletes refletores e protetores de pernas.
Desdobramentos Futuros
As empresas de transporte enfrentam uma multa diária de R$ 30 mil caso não cumpram a decisão de suspensão do serviço. A disputa entre as plataformas e a prefeitura continua, com o prefeito afirmando que não permitirá que as empresas provoquem uma "carnificina" na cidade. A situação permanece tensa, enquanto a Procuradoria-Geral de Justiça se posiciona contra a proibição imposta pela administração municipal.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.