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Comissão retoma investigações sobre desaparecidos da ditadura no Rio de Janeiro

Comissão reativa buscas por desaparecidos da ditadura militar no Rio, identificando 16 corpos e revelando indícios de mais vítimas.

Foto:Reprodução

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Após 14 anos, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos reativou as buscas por vítimas da ditadura militar no Rio de Janeiro. O foco está no cemitério de Ricardo de Albuquerque, onde corpos foram enterrados como indigentes entre 1970 e 1974.

Recentemente, peritos reabriram um memorial com materiais ósseos guardados desde 2011, identificando 16 corpos, incluindo os de Joel Vasconcelos Campos e Félix Escobar Sobrinho. Indícios sugerem que outros desaparecidos políticos possam estar enterrados na vala clandestina do local.

Os corpos foram inicialmente sepultados em covas rasas e, posteriormente, transferidos para um ossário geral. Na década de 1980, uma força-tarefa com familiares e antropólogos argentinos identificou 14 vítimas, mas a individualização não foi possível. Em 2024, a comissão voltou a atuar, levando à identificação de novos corpos.

Retomada das Investigações

No dia 21 de maio, a comissão abriu o memorial e iniciou a análise dos materiais. Ana Carolina Antão, responsável pela pesquisa, destacou que o trabalho começou com a listagem dos 14 nomes identificados anteriormente. Os peritos, utilizando EPIs, encontraram partes de ossos em condições precárias, indicando que o material não estava intacto desde 2011.

A procuradora da República Eugenia Augusta Gonzaga, presidente da comissão, afirmou que o material analisado representa menos de 20% dos remanescentes ósseos da vala clandestina. Ela ressaltou a importância de identificar os corpos e a possibilidade de encontrar outros desaparecidos sem registro.

Memória e Justiça

O engenheiro aposentado Romildo Maranhão do Valle, irmão de uma das vítimas, acompanhou os trabalhos e lembrou que seu irmão fazia parte da resistência armada à ditadura. Rafael Maul, do grupo Tortura Nunca Mais-RJ, enfatizou que a retomada das buscas é crucial para reforçar a memória histórica do Brasil.

A advogada Altair Vasconcelos, irmã de Joel, também esteve presente e destacou a importância de lembrar o passado para evitar que se repita. Ao final dos trabalhos, placas com os nomes das vítimas foram instaladas, marcando um passo significativo na busca por justiça e reconhecimento das atrocidades cometidas durante a ditadura.

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