29 de mai 2025
Mulheres enfrentam hipervulnerabilidade nas redes sociais e clamam por proteção digital
A hipervulnerabilidade feminina nas redes sociais expõe mulheres a assédio e silenciamento, exigindo responsabilidade das plataformas digitais.
Foto: Reprodução
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A internet, que prometia liberdade, se tornou um espaço hostil para muitas mulheres. O conceito de hipervulnerabilidade feminina foi introduzido para descrever a exposição desproporcional das mulheres à violência de gênero online. Essa condição estrutural gera riscos elevados, resultando em assédio, silenciamento e vigilância constante.
Dados do Datafolha revelam que quatro em cada dez mulheres brasileiras já enfrentaram algum tipo de violência online. A situação é ainda mais crítica para mulheres negras e trans. Essa realidade é agravada pelo funcionamento das redes sociais, onde algoritmos priorizam conteúdos que geram engajamento, como escândalos e ódio.
Mulheres que se posicionam politicamente ou denunciam agressões se tornam alvos. O professor de Harvard, Lawrence Lessig, destacou que a "política do ódio gera mais engajamento", sugerindo a criação de assembleias de cidadãos para proteger a democracia das influências da inteligência artificial. As plataformas digitais, em vez de serem espaços seguros, amplificam a lógica patriarcal que busca silenciar vozes femininas.
Consequências da Hipervulnerabilidade
A hipervulnerabilidade feminina gera consequências reais, como ansiedade, depressão e autocensura. Muitas mulheres se afastam das redes sociais ou desistem de participar de debates por medo de represálias. A violência online se torna uma forma de controle social, limitando a liberdade de expressão.
A escritora e ativista britânica Laura Bates, em seu livro “Men who hate women”, expõe a existência de comunidades online misóginas que promovem comportamentos violentos. A necessidade de intervenção pública para educar e combater esses comportamentos é urgente.
Reconhecer a hipervulnerabilidade feminina é essencial para responsabilizar as plataformas digitais. É necessário cobrar legislação eficaz e criar redes de acolhimento. O ambiente digital deve ser um espaço seguro, onde todas as mulheres possam existir com liberdade, dignidade e segurança.
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