Política

Gratteri alerta sobre a evolução do crime organizado e a fragilidade do Estado italiano

Gratteri alerta sobre a digitalização do crime organizado e critica a ineficácia das autoridades no combate ao narcotráfico.

O chefão italiano Rocco Morabito, conhecido como U Tamunga, em sua ficha na polícia brasileira. (Foto: Reprodução / Estadão)

O chefão italiano Rocco Morabito, conhecido como U Tamunga, em sua ficha na polícia brasileira. (Foto: Reprodução / Estadão)

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Nicola Gratteri, chefe da Procuradoria Antimáfia de Nápoles, alertou sobre a evolução do crime organizado, destacando a digitalização das operações e a ineficácia das autoridades italianas e brasileiras no combate ao narcotráfico. Durante um evento no Rio de Janeiro, Gratteri criticou reformas judiciais recentes que, segundo ele, não atendem às necessidades atuais.

Gratteri, que possui um histórico de combate à 'Ndrangheta, mencionou que a criminalidade organizada se adaptou às novas tecnologias. Ele afirmou que, atualmente, comprar drogas é mais simples, com o Equador se tornando um ponto crucial para o tráfico de cocaína destinado à Europa. O procurador destacou que a Polícia Federal brasileira, apesar de seu bom nível, enfrenta desafios devido à vastidão do território e à ferocidade do crime organizado.

O procurador também criticou o ministro da Justiça da Itália, Carlos Nordio, por suas opiniões sobre a inutilidade das interceptações telefônicas. Gratteri enfatizou que as máfias estão à frente das autoridades, utilizando tecnologia avançada para operar. Ele citou o caso do supertraficante Raffaele Imperiale, que, segundo ele, demonstrou como as organizações criminosas utilizam a dark web para facilitar suas operações.

Desafios da Justiça

Gratteri apontou que a fragilidade do Estado é evidente, citando um caso em que um hacker teve acesso ao Ministério da Justiça da Itália. Ele destacou que, em vez de interceptar as comunicações da máfia, as autoridades estão sendo interceptadas. O procurador criticou a administração pública, afirmando que as reformas atuais não são suficientes para enfrentar as novas dinâmicas do crime organizado.

Além disso, Gratteri mencionou que as máfias têm recursos financeiros para corromper, reduzindo a necessidade de violência. Ele concluiu que a competitividade no combate ao crime deve ser uma prioridade, e que as reformas legais devem ser mais eficazes para lidar com a complexidade do narcotráfico e da criminalidade digital.

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