02 de jun 2025
Mãe de menino que caiu de prédio denuncia negligência e racismo estrutural
Mãe de menino que caiu de prédio em Recife denuncia negligência da patroa e a falta de justiça em meio ao racismo estrutural.
Foto: Reprodução
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Recife, 2 de junho de 2020: Mirtes Renata, empregada doméstica, e sua mãe, enfrentaram a pandemia de Covid-19 enquanto cuidavam de seus filhos. Miguel Otávio, de 5 anos, morreu após cair do 9º andar de um prédio no centro da cidade. A tragédia ocorreu quando a patroa de Mirtes, Sarí Corte Real, permitiu que Miguel entrasse sozinho no elevador.
No dia do acidente, Mirtes estava realizando tarefas adicionais, como passear com o cachorro da patroa. Sari Corte Real pediu para cuidar de Miguel, mas, ao se distrair fazendo as unhas, permitiu que ele usasse o elevador sem supervisão. O menino, sentindo falta da mãe, desceu e tentou alcançá-la, mas caiu de uma altura de 35 metros.
Após o incidente, Sarí foi presa por homicídio culposo, mas logo foi liberada após pagar fiança. Mirtes, que também descobriu que ela e sua mãe eram pagas pela Prefeitura de Tamandaré, entrou com ações judiciais, mas até o momento não houve responsabilização efetiva.
A situação de Mirtes expõe questões mais amplas sobre racismo estrutural e a desvalorização da vida de crianças negras e das trabalhadoras domésticas no Brasil. A mãe questiona a falta de justiça, refletindo sobre como a situação seria diferente se os papéis fossem invertidos. A morte de Miguel é um reflexo da dor de muitas mães que enfrentam a violência e o descaso em diversas formas.
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