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Policiais de São Paulo enfrentam irregularidades ao trabalhar em serviços privados

Policiais militares em São Paulo enfrentam denúncias de trabalho irregular em "bicos", com a SSP SP sem controle efetivo sobre os casos.

Foto: Reprodução

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A prática de policiais militares atuarem em "bicos" é proibida e visa evitar conflitos de interesse, mas a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) não controla quantos PMs são autuados por essa atividade. Apenas um caso foi registrado na Polícia Civil, enquanto a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) estima que cerca de quinhentos mil agentes atuam irregularmente no Brasil.

Os policiais são proibidos de trabalhar em segurança privada ou utilizar equipamentos públicos durante seu tempo livre. A SSP-SP afirmou que não possui um levantamento sobre investigações internas relacionadas a "bicos", pois as ações administrativas não são classificadas por delito. A federação denuncia que muitos policiais exercem funções de segurança privada, colocando a sociedade em risco.

Nos últimos três anos, a Polícia Militar registrou duzentas e setenta e nove ações internas por irregularidades, incluindo insubordinação e conflito de interesse. Casos emblemáticos, como a morte de um delator do PCC no aeroporto de Guarulhos, expuseram a gravidade do problema, envolvendo quatorze PMs e um policial civil na escolta do delator.

Denúncias e Consequências

A Fenavist intensificou as denúncias contra os "bicos", alegando que a segurança privada requer treinamento específico. O presidente da entidade, Frederico Camara, destacou que a presença de policiais em funções privadas pode resultar em tragédias, como o caso do Carrefour no Rio Grande do Sul.

Os salários dos policiais, que variam entre R$ 3 mil e R$ 7 mil, são considerados insuficientes, levando muitos a buscar atividades paralelas. O coronel Alan Fernandes afirmou que, mesmo com aumentos salariais, a diferença entre os salários públicos e privados dificulta a retenção de agentes na função pública.

Além disso, a prática de "bico institucional" permite que policiais trabalhem legalmente para órgãos públicos fora do expediente. No entanto, essa situação também gera controvérsias, como o caso de um PM que matou um ambulante no Brás. Uma pesquisa revelou que dezoito por cento da população reconhece a atuação de policiais em segurança privada em seus bairros, evidenciando a extensão do problema.

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