Ministro Alexandre de Moraes condena réu a 17 anos por agressão a policiais em atos golpistas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de José Adriano Diduch a 17 anos de prisão por agressões a policiais militares durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O julgamento ocorreu na Primeira Turma do STF, que deve finalizar os votos até 13 de junho.

Diduch foi condenado por cinco crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada. Além da pena de prisão, o ministro determinou 100 dias-multa no valor de um terço do salário mínimo e uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. O réu foi baleado na perna durante os confrontos.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Diduch por iniciar uma luta corporal com os policiais, utilizando uma barra de ferro e um pedaço de pau. Ele foi identificado por vídeos que publicou nas redes sociais, onde afirmou: “Olha onde eu tô. Ó lá, o STF já era, tudo quebrado. Eu avisei. Então, o poder não se ganha, se toma”.

Moraes destacou a “intensa participação” de Diduch nos atos, afirmando que não há dúvidas sobre sua adesão ao propósito de depor o governo legitimamente constituído. A defesa argumentou que Diduch participou da manifestação por apenas 30 minutos e que a investigação não comprovou suas agressões.

Outros Julgamentos

Durante a mesma sessão, Moraes também votou contra um recurso da defesa de Débora Rodrigues, cabeleireira condenada a 14 anos de prisão por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. A Primeira Turma do STF continua a analisar outros casos relacionados aos eventos daquele dia.