Procuradoria arquiva acusações contra Fábio Vaz de Lima por falta de provas

Fábio Vaz de Lima, marido da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, voltou a ser alvo de acusações nas redes sociais. Uma imagem que circula desde o início de junho de 2025 reavivou alegações infundadas sobre seu suposto envolvimento com contrabando de madeira e serrarias clandestinas no Pará.

Essas acusações não são novas. Em 2011, durante discussões no Senado sobre o Código Florestal, o então deputado Aldo Rebelo acusou Lima de estar ligado a atividades ilegais. A declaração foi uma resposta a críticas feitas por Marina em sua conta no Twitter. Rebelo, posteriormente, recuou e se desculpou, afirmando que havia falado "de cabeça quente".

A Procuradoria-Geral da República arquivou o processo em 2013 por falta de provas. O procurador-geral da época, Roberto Gurgel, afirmou que não havia elementos que confirmassem as alegações contra Lima. A investigação inicial do Tribunal de Contas da União (TCU) envolvia doações de toras de mogno para a ONG FASE, com a qual Lima teve um vínculo indireto, tendo trabalhado no Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) até 1999.

Desinformação nas Redes Sociais

A recente postagem que revive as acusações teve grande alcance, com 1,4 milhão de visualizações e milhares de interações. A conta que publicou a imagem, com histórico de postagens alinhadas à direita política, utiliza linguagem alarmista para gerar indignação. O conteúdo não apresenta fontes ou provas, mas sim uma narrativa que busca deslegitimar a imagem de Marina Silva.

Além disso, a postagem inclui ataques pessoais à ministra, reforçando a tentativa de associá-la a práticas ilegais. Essa estratégia de desinformação é comum em ambientes digitais, onde informações falsas podem se espalhar rapidamente, especialmente quando ligadas a figuras públicas.

O Comprova, projeto que investiga desinformações, já desmentiu essas alegações em diversas ocasiões. A continuidade da disseminação de boatos sobre Fábio Vaz de Lima e Marina Silva evidencia a persistência de campanhas de desinformação no cenário político brasileiro.