09 de jun 2025

Organizações brasileiras nos EUA alertam sobre violações e pedem ação do governo Lula
Coletivo de organizações e deputados de Massachusetts denunciam violações de direitos humanos contra imigrantes brasileiros, exigindo ação imediata.
Foto:Reprodução
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Um coletivo de organizações que representam a comunidade brasileira nos Estados Unidos, junto a três deputados de Massachusetts, divulgou uma carta na sexta-feira, 6, denunciando violações de direitos humanos contra imigrantes brasileiros. O documento destaca detenções sem mandado judicial e condições desumanas enfrentadas por esses imigrantes, incluindo um caso recente de um estudante brasileiro detido.
A carta ressalta que, apesar das promessas da nova administração de focar em deportações de pessoas com antecedentes criminais, a realidade é uma onda crescente de prisões. "Agentes mascarados têm prendido brasileiros sem mandado judicial, com longos atrasos até que a pessoa apareça no sistema de custódia do ICE", afirma o texto. Além disso, muitos são transferidos para centros de detenção em outros estados, dificultando o acesso a apoio jurídico e humanitário.
Situação Crítica
Os signatários da carta, incluindo os deputados Priscila Sousa, Rita A. Mendes e Danillo A. Senna, pedem que o governo brasileiro amplie a capacidade consular para ajudar na emissão de documentos e assistência a famílias que desejam retornar ao Brasil. Eles também solicitam uma audiência pública com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
A comunidade brasileira nos EUA, que soma mais de 2 milhões de pessoas, enfrenta desafios significativos, com 57% dos imigrantes em situação migratória vulnerável. O caso do estudante Marcelo Gomes, de 18 anos, que foi detido por seis dias, mobilizou a comunidade e autoridades locais. A governadora de Massachusetts, Maura Healey, fez um apelo público pela libertação do jovem, que foi detido enquanto dirigia para um treino de vôlei.
Condições Desumanas
Durante sua detenção, Marcelo foi acorrentado e mantido em uma cela superlotada, sendo o único jovem entre 30 homens. Sua prima, Ana Julia Araujo, expressou preocupação com o impacto emocional sobre a família, especialmente os irmãos mais novos. A namorada de Marcelo, Julianys Rentas, relatou que ele enfrentou condições desumanas, sendo tratado como um criminoso, apesar de ser um membro ativo da comunidade.
As organizações que assinam a carta, como o Brazilian Worker Center e o Grupo Mulher Brasileira, destacam que imigrar não é crime e que todos os imigrantes têm direito às proteções da Constituição dos Estados Unidos.
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