Senador baleado na Colômbia solicitou segurança reforçada 23 vezes, afirma defesa

O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, foi baleado durante um evento de campanha, e seu estado de saúde é considerado "extremamente grave". O ataque ocorreu após 23 pedidos de reforço de segurança feitos por Uribe à Unidade Nacional de Proteção, que o classificou como pessoa em "risco extraordinário" desde 2023. A última solicitação foi feita em 5 de junho, apenas três dias antes do atentado.

O advogado de Uribe, Víctor Mosquera, apresentou uma queixa criminal contra o diretor da Unidade de Proteção Nacional, Augusto Rodríguez, alegando omissão em relação à segurança do político. Mosquera afirmou que a situação é "muito séria" e que é necessário investigar se houve falhas na proteção de Uribe. O governo colombiano classificou o ataque como um "atentado", não apenas à integridade do senador, mas também à democracia do país.

O boletim médico divulgado pela Fundação Santa Fé de Bogotá indicou que Uribe foi atingido na cabeça e na coxa, e sua recuperação tem sido lenta. A equipe médica não forneceu detalhes sobre o diagnóstico, que permanecerá "reservado". A esposa de Uribe, Maria Claudia Tarazona, expressou sua preocupação nas redes sociais, pedindo orações e afirmando que ele "luta como um guerreiro pela sua vida".

Uribe foi inicialmente atendido em uma clínica em Fontibón antes de ser transferido para a Fundação, onde já passou por cirurgias neurais e vasculares. O presidente Gustavo Petro prestou solidariedade ao senador e sua família, destacando a gravidade da situação.