Pré-candidato à presidência da Colômbia é alvo de tentativa de assassinato

O pré-candidato à Presidência da Colômbia, Miguel Uribe, foi baleado durante um evento em Bogotá no último sábado. O ataque, que ocorreu enquanto ele discursava, deixou Uribe em estado crítico após ser atingido por dois tiros na cabeça e um no joelho. Um adolescente de 14 anos foi preso como suspeito do ataque, e as autoridades estão investigando possíveis mandantes e conexões com grupos criminosos.

O incidente aconteceu em Fontibón, onde Uribe se dirigia a uma multidão de aproximadamente 250 pessoas. Vídeos do evento mostram o momento dos disparos, que causaram pânico entre os presentes. O jovem atirador, que fugiu após o ataque, foi capturado a cerca de 345 metros do local e se encontra hospitalizado. O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, afirmou que o menor foi "instrumentalizado" por criminosos.

Investigação em Andamento

As autoridades colombianas estão em busca de outros envolvidos no atentado. Uma recompensa de cerca de US$ 725.000 foi oferecida por informações que levem à captura de possíveis cúmplices. O diretor da polícia, Carlos Fernando Triana, destacou a complexidade do caso, dada a grande quantidade de pessoas presentes no evento. A arma utilizada, uma pistola Glock de calibre 9mm, foi apreendida e sua origem está sendo investigada.

A esposa de Uribe, María Claudia Tarazona, pediu orações pela recuperação do marido, que, segundo boletim médico, apresenta "pouca resposta" ao tratamento. O ataque levanta preocupações sobre a segurança política na Colômbia, especialmente em um contexto de crescente violência e instabilidade. O governo de Gustavo Petro enfrenta dificuldades em controlar a criminalidade e implementar reformas.

Contexto Político e Social

O atentado ocorre em um momento crítico, a menos de um ano das eleições presidenciais. Uribe é um forte opositor do governo atual e crítico da esquerda, o que pode intensificar a polarização política no país. Especialistas alertam que o ataque pode impactar a confiança pública nas instituições e na segurança, além de influenciar o cenário eleitoral.

A situação reflete um histórico de violência política na Colômbia, onde candidatos à presidência já foram alvos de assassinatos. O caso de Miguel Uribe reabre feridas do passado e destaca a necessidade urgente de medidas eficazes para garantir a segurança de figuras públicas e da população em geral.