11 de jun 2025

Famosos expõem violência doméstica e impulsionam mudanças nas leis globais
Casos de violência doméstica envolvendo celebridades têm gerado grande repercussão e, em alguns casos, resultaram em mudanças legais significativas. O advogado Davi Gebara ressalta que a visibilidade de figuras públicas pode impulsionar transformações sociais e jurídicas, destacando a necessidade de políticas públicas que apoiem as vítimas. Quando celebridades se tornam vítimas de violência de gênero, a comoção social frequentemente leva a uma pressão sobre o sistema de Justiça. Gebara afirma que esses casos expõem realidades que milhões vivem em silêncio. A Justiça, muitas vezes, avança não por sensibilidade, mas por urgência política e social. Um exemplo marcante ocorreu em dois mil e nove, quando a cantora Rihanna denunciou o então namorado, Chris Brown, por agressão. As imagens de seu rosto machucado geraram indignação global. Brown foi processado e condenado a cinco anos de liberdade condicional, além de trabalhos comunitários. O caso impulsionou campanhas de conscientização sobre abuso em relacionamentos jovens. ### Impacto Internacional No Reino Unido, Mel B, ex integrante das Spice Girls, revelou sua experiência de violência emocional e física, contribuindo para o debate sobre controle coercitivo. Em dois mil e quinze, o país sancionou o Serious Crime Act, criminalizando esse tipo de abuso psicológico, um marco na proteção legal às vítimas. Na Argentina, o assassinato de Wanda Taddei em dois mil e dez, que foi queimada viva pelo marido, levou a uma mudança legislativa significativa contra o feminicídio. O Congresso incluiu um agravante específico para homicídios de mulheres cometidos com crueldade extrema. No Brasil, o caso de Maria da Penha, que enfrentou duas tentativas de feminicídio, resultou na criação da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. Essa legislação é referência mundial no combate à violência doméstica. Gebara destaca que, embora as mudanças legais sejam importantes, elas precisam ser acompanhadas de políticas públicas e formação de profissionais. A transformação cultural só ocorre quando a sociedade se responsabiliza coletivamente. Casos de figuras públicas têm um papel simbólico, mas a verdadeira mudança acontece quando mulheres anônimas se sentem seguras para denunciar e reconstruir suas vidas. **Linha fina:** Casos de violência de gênero envolvendo celebridades impulsionam mudanças legais e sociais, mas é preciso mais apoio às vítimas.
Foto:Reprodução
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Casos de violência doméstica envolvendo celebridades têm gerado grande repercussão e, em alguns casos, resultaram em mudanças legais significativas. O advogado Davi Gebara ressalta que a visibilidade de figuras públicas pode impulsionar transformações sociais e jurídicas, destacando a necessidade de políticas públicas que apoiem as vítimas.
Quando celebridades se tornam vítimas de violência de gênero, a comoção social frequentemente leva a uma pressão sobre o sistema de Justiça. Gebara afirma que esses casos expõem realidades que milhões vivem em silêncio. A Justiça, muitas vezes, avança não por sensibilidade, mas por urgência política e social.
Um exemplo marcante ocorreu em 2009, quando a cantora Rihanna denunciou o então namorado, Chris Brown, por agressão. As imagens de seu rosto machucado geraram indignação global. Brown foi processado e condenado a cinco anos de liberdade condicional, além de trabalhos comunitários. O caso impulsionou campanhas de conscientização sobre abuso em relacionamentos jovens.
Impacto Internacional
No Reino Unido, Mel B, ex-integrante das Spice Girls, revelou sua experiência de violência emocional e física, contribuindo para o debate sobre controle coercitivo. Em 2015, o país sancionou o Serious Crime Act, criminalizando esse tipo de abuso psicológico, um marco na proteção legal às vítimas.
Na Argentina, o assassinato de Wanda Taddei em 2010, que foi queimada viva pelo marido, levou a uma mudança legislativa significativa contra o feminicídio. O Congresso incluiu um agravante específico para homicídios de mulheres cometidos com crueldade extrema.
No Brasil, o caso de Maria da Penha, que enfrentou duas tentativas de feminicídio, resultou na criação da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. Essa legislação é referência mundial no combate à violência doméstica.
Gebara destaca que, embora as mudanças legais sejam importantes, elas precisam ser acompanhadas de políticas públicas e formação de profissionais. A transformação cultural só ocorre quando a sociedade se responsabiliza coletivamente. Casos de figuras públicas têm um papel simbólico, mas a verdadeira mudança acontece quando mulheres anônimas se sentem seguras para denunciar e reconstruir suas vidas.
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