13 de jun 2025




PF investiga Mauro Cid por tentativa de obter passaporte para fuga do país
Polícia Federal investiga Mauro Cid por tentativas de evasão e apreende celular com mensagens sobre delação premiada. Gilson Machado foi preso.
Policiais deixam a casa de Cid em Brasília (Foto: Patrik Camporez/O GLOBO)
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Agentes da Polícia Federal (PF) realizaram buscas na residência do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, na manhã desta sexta-feira, 13 de outubro. Cid foi levado para prestar depoimento sobre tentativas de obter um passaporte que facilitaria sua saída do Brasil. O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, foi preso na mesma operação, suspeito de tentar ajudar Cid a conseguir o documento.
Durante a ação, a PF apreendeu um celular de Cid e investigou mensagens que indicam comunicação sobre sua delação premiada. A operação foi acompanhada pela Polícia do Exército, uma vez que Cid reside em uma área militar. O ex-ministro Machado admitiu ter contatado o Consulado de Portugal em Recife, mas alegou que a intenção era tratar de questões familiares.
Suspeitas de Evasão
A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga se Machado tentou facilitar a saída de Cid do país, especialmente após a viagem de familiares de Cid para os Estados Unidos em maio. A PF considera que essa movimentação pode indicar uma tentativa de obstrução da justiça. A PGR já havia solicitado a prisão preventiva de Cid, mas a ordem foi revogada antes de ser cumprida.
Cid, que já foi delator em um caso relacionado a uma trama golpista, negou qualquer intenção de fuga e afirmou não ter solicitado um passaporte. Seu advogado, Cezar Bitencourt, reforçou que Cid não tem interesse em deixar o Brasil. As investigações também incluem mensagens atribuídas a Cid que criticam a condução dos inquéritos pela PF e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Desdobramentos da Investigação
A PF apura se as ações de Machado e Cid estão ligadas a uma tentativa de obstruir as investigações em curso, que incluem a apuração sobre a apropriação de joias e uma suposta estrutura paralela na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. A PGR considera que as ações de Machado podem configurar obstrução de justiça e favorecimento pessoal.
A situação de Cid e as investigações continuam em desenvolvimento, com a PF aprofundando as apurações sobre as tentativas de evasão e obstrução de justiça. A operação desta sexta-feira destaca a crescente tensão política e as implicações legais para os envolvidos na trama golpista.
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