14 de jun 2025

Documentos e familiares contestam origem indígena de deputada do PL
Deputada Silvia Waiãpi enfrenta investigação por contradições sobre sua origem e desvio de verba, enquanto seu mandato é cassado pelo TRE AP.
Deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) (Foto: Rosinei Coutinho / STF)
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A deputada federal Silvia Nobre Lopes, conhecida como Silvia Waiãpi, enfrenta uma investigação do UOL que revela contradições sobre sua origem indígena, idade e formação. Eleita em 2022 com 5.435 votos, ela teve seu mandato cassado pelo TRE-AP por desvio de verba de campanha, mas ainda pode recorrer ao TSE.
A parlamentar afirma ter nascido na terra indígena Waiãpi e ter sido adotada por Pedro Alcântara Chaves Lopes e Edenes Nobre Lopes. No entanto, essa narrativa é contestada por indígenas e amigos, que alegam que Silvia não possui ligação com a comunidade. Edenes, em vídeos, se apresenta como a "mãe natural" da deputada e afirma que Silvia nasceu em 29 de agosto de 1971, contradizendo documentos que indicam 1975 como seu ano de nascimento.
Além das divergências sobre sua origem, a deputada é acusada de ter desviado recursos de campanha para procedimentos estéticos. Em junho de 2024, o TRE-AP decidiu pela cassação de seu mandato, mas Silvia ainda não foi afastada, aguardando o resultado de um recurso no TSE.
Lideranças waiãpis negam a ligação de Silvia com a comunidade e afirmam que ela tentou se passar por uma filha desaparecida. A deputada, que se apresenta como a "primeira mulher indígena das Forças Armadas", também é criticada por sua posição em relação ao marco temporal, que limita a demarcação de terras indígenas.
A investigação levanta questões sobre a veracidade de sua formação acadêmica e experiências profissionais, com instituições não confirmando suas alegações. A situação de Silvia continua a ser monitorada, com especulações sobre a possibilidade de perda do mandato até o final do ano.
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