16 de jun 2025

Cid solicita prorrogação para análise de provas no processo da trama golpista
Mauro Cid pede prorrogação para analisar provas digitais e acesso a relatórios da Abin, alegando dificuldades no acesso ao material.
Mauro Cid chega em sua casa no Setor Urbano Militar, em Brasília, após prestar depoimento à Polícia Federal. (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Cid solicita prorrogação para análise de provas no processo da trama golpista
Ouvir a notícia
Cid solicita prorrogação para análise de provas no processo da trama golpista - Cid solicita prorrogação para análise de provas no processo da trama golpista
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação do prazo para análise de provas digitais em um caso que investiga uma suposta trama golpista após as eleições de 2022. Cid, que firmou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, argumenta que enfrenta dificuldades para acessar o material.
A defesa de Cid pediu acesso a relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Subsecretaria de Operações Integradas do Distrito Federal. O advogado destacou que o conjunto probatório disponibilizado contém "inúmeros terabytes, arquivos com senha e outros danificados", dificultando o pleno exercício da defesa. Para comprovar as dificuldades, foram anexados e-mails trocados com a Polícia Federal.
Justificativas da Defesa
Além da prorrogação, a defesa requer que a Abin e a Subsecretaria enviem ao STF todos os relatórios de inteligência e dados obtidos até 8 de janeiro de 2023, relacionados a acampamentos e manifestantes. Essa solicitação é fundamentada em depoimentos, como o da coronel Cinthia Queiroz dos Santos, que mencionou uma reunião em 6 de janeiro de 2023 para elaborar um Protocolo de Ações Integradas (PAI).
Os advogados de Cid argumentam que os depoimentos "dão outra conotação aos fatos e sua dinâmica", sugerindo que não havia previsão de manifestações violentas. Essa linha de defesa contrasta com a acusação de que as manifestações eram conhecidas e programadas pelas autoridades.
Agora, o ministro Alexandre de Moraes avaliará os pedidos de diligências e decidirá se autoriza as novas medidas. Após o interrogatório dos réus, foi aberto o prazo para que as partes apresentem pedidos adicionais, incluindo os de outros réus, como Jair Bolsonaro e ex-ministros.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.