18 de jun 2025

Ramagem defende gestão da Abin e critica indiciamento da PF como 'narrativa'
Deputado Alexandre Ramagem se defende de indiciamento e critica a falta de depoimento de Bolsonaro em investigação sobre espionagem.
Deputado federal Alexandre Ramagem em comissão da Câmara (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados/07-05-2025)
Ouvir a notícia:
Ramagem defende gestão da Abin e critica indiciamento da PF como 'narrativa'
Ouvir a notícia
Ramagem defende gestão da Abin e critica indiciamento da PF como 'narrativa' - Ramagem defende gestão da Abin e critica indiciamento da PF como 'narrativa'
Indiciado em um inquérito que investiga o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem de adversários e a disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) se defendeu, alegando que a Polícia Federal (PF) criou "narrativas". Ramagem, que foi chefe da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro, afirmou que tomou medidas para controlar o uso do software espião FirstMile, cuja utilização foi revelada por um veículo de imprensa.
Em suas declarações nas redes sociais, Ramagem destacou que sua gestão exigiu controle sobre o sistema e que ele mesmo apurou a utilização inadequada do software, exonerando o diretor responsável e encaminhando o caso à corregedoria. Ele criticou a PF por não ouvir Bolsonaro antes de concluir o inquérito, que resultou no indiciamento de 36 pessoas, incluindo membros da atual gestão da Abin.
Detalhes da Investigação
As investigações da PF revelaram que servidores da Abin utilizaram um programa secreto para monitorar opositores durante o governo Bolsonaro. O inquérito indicou que a ferramenta explorou falhas no sistema de telefonia do Brasil para rastrear a localização de celulares de alvos selecionados. Embora Bolsonaro tenha sido mencionado como parte do esquema, ele não foi formalmente indiciado, pois já enfrenta acusações por organização criminosa em outro processo relacionado a uma trama golpista.
Entre os indiciados estão nomes da atual administração da Abin, como Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral, e Luiz Carlos Nóbrega, chefe de gabinete. O vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, também figura na lista. A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora avaliará se Bolsonaro deve responder pelo mesmo crime em dois inquéritos distintos, considerando seu suposto conhecimento sobre o esquema de espionagem.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.