19 de jun 2025

Inquérito da Abin paralela agrava crise política envolvendo Bolsonaro
Polícia Federal indiciou trinta e seis pessoas, incluindo Carlos Bolsonaro, por espionagem política e proteção da família Bolsonaro.

Sede da Agência Brasileira de Inteligência, em Brasília (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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A Polícia Federal (PF) revelou a criação de uma estrutura paralela à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), liderada por Carlos Bolsonaro, que visava espionagem política e proteção da família Bolsonaro. O inquérito, com 1.125 páginas, aponta que a organização tinha como objetivos espionar parlamentares e desacreditar o sistema eleitoral.
A investigação, que se intensificou após reportagens do GLOBO, expôs uma rede clandestina que preparava dossiês ilegais e disseminava notícias falsas sobre alvos como o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e o ex-governador de São Paulo, João Doria. A PF indiciou 36 pessoas, incluindo Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, por suas funções na organização.
Carlos Bolsonaro, por não confiar nas estruturas oficiais, foi um dos idealizadores da operação. Ele e Jair Bolsonaro definiram diretrizes estratégicas e alvos, incluindo figuras políticas e lideranças de caminhoneiros. A PF também investiga tentativas de proteger o senador Flávio Bolsonaro em relação ao caso da “rachadinha”, que envolve desvio de salários de funcionários de seu gabinete.
Em conversas interceptadas, Ramagem e Jair Bolsonaro discutem irregularidades atribuídas a auditores da Receita Federal. Embora Jair não tenha sido indiciado neste inquérito, ele é descrito como o “principal destinatário” da estrutura paralela. A situação do ex-presidente se complica com as novas acusações, que podem impactar seu futuro político e o de seus filhos.
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