Política

Mirtes Renata revela que estudar foi a missão deixada por seu filho

Mirtes Renata Santana de Souza critica a lentidão da Justiça e se dedica à advocacia após conquistar nota máxima em seu TCC sobre direitos trabalhistas.

Mirtes Renata, mãe do menino Miguel (Foto: Alile Dara Onawale @onawale_)

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Mirtes Renata Santana de Souza, após a morte de seu filho Miguel Otávio em 2020, decidiu cursar Direito para buscar justiça e entender o sistema legal. Transformando sua dor em pesquisa, ela focou em direitos das trabalhadoras domésticas em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que recebeu nota máxima.

A tragédia ocorreu quando Miguel, de apenas cinco anos, caiu do nono andar de um prédio em Recife, após ser deixado sozinho em um elevador por sua então patroa, Sari Corte Real. Mirtes critica a morosidade da Justiça, já que o caso permanece sem resolução, e planeja seguir na advocacia, apesar de convites para a política.

Em seu TCC, intitulado “Trabalho Escravo Contemporâneo e Direitos Fundamentais”, Mirtes analisou a proteção constitucional das trabalhadoras domésticas. Ela se inspirou em relatos de mulheres que enfrentaram situações de exploração. "Ouvir essas mulheres foi muito forte", afirmou Mirtes, que também citou o caso de Sônia Maria de Jesus, resgatada de trabalho análogo à escravidão.

Atualmente, Mirtes está no último período da faculdade e se prepara para prestar a OAB. Cinco anos após a tragédia, Sari Corte Real responde ao processo em liberdade e cursa Medicina. O Ministério Público de Pernambuco se manifestou contra um novo recurso da defesa de Sari, pedindo a rejeição por considerar que não há contradições na decisão que manteve a pena de sete anos de reclusão.

Mirtes expressa sua frustração com a lentidão do processo e destaca que, mesmo com a repercussão nacional e internacional do caso, a Justiça ainda não foi efetiva. "Estou correndo atrás para que a impunidade não aconteça," disse. Ela também mencionou que, apesar de receber convites para a política, seu foco é a advocacia e a luta por justiça para seu filho e outras vítimas de injustiça.

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