Política

PF revela uso de 'Abin paralela' por Ramagem para atacar partido de Witzel

Relatório da Polícia Federal revela espionagem ilegal da Abin, com foco em opositores políticos e uso indevido de cargos públicos.

Deputado federal Alexandre Ramagem durante entrevista (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo/11-09-2024)

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O relatório final da Polícia Federal (PF) revela que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) montou uma estrutura paralela para espionagem ilegal sob a direção de Alexandre Ramagem. O documento aponta que essa operação tinha como alvo opositores políticos, incluindo o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o ex-procurador-geral de Justiça do estado, Eduardo Gussem.

A PF identificou que a Abin recrutou um informante vinculado ao Partido Social Cristão (PSC) para monitorar adversários políticos. As anotações de Ramagem, apreendidas pela PF, indicam que o objetivo era a vigilância clandestina de figuras opositoras ao governo de Jair Bolsonaro. Em troca das informações, o informante foi nomeado para um cargo público no governo federal, conforme publicado em 17 de março de 2020.

Estrutura Paralela

O relatório detalha que a atuação da Abin, sob Ramagem, configurou um uso indevido da máquina estatal para fins políticos. A PF afirma que a infiltração em partidos adversários foi feita com a contrapartida de cargos públicos, sem qualquer finalidade institucional. O documento menciona que o informante forneceu informações estratégicas sobre articulações políticas do PSC, visando fortalecer a candidatura de Witzel à presidência.

Além disso, a PF aponta que a estrutura paralela da Abin serviu aos interesses de um núcleo político que incluía o ex-presidente Bolsonaro. O deputado Ramagem, indiciado no inquérito, defendeu-se afirmando que a PF criou "narrativas" e que sua gestão buscou controle e apuração sobre o uso da Abin.

Repercussões

A investigação da PF destaca a gravidade do uso da Abin para espionagem política, levantando questões sobre a integridade das instituições de inteligência do país. A situação evidencia a necessidade de um debate mais amplo sobre a utilização de órgãos públicos em disputas políticas, especialmente em um cenário democrático.

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