20 de jun 2025

Justiça americana suspende proibição de Trump a estudantes internacionais em Harvard
Juíza federal garante a Harvard o direito de receber estudantes internacionais, bloqueando ações do governo Trump que causaram incerteza.

Bandeiras com o símbolo de Harvard adornam um dos prédios da universidade que se tornou símbolo da resistência da ciência aos ataques de Trump (Foto: AFP)
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Uma juíza federal em Boston, Allison Burroughs, decidiu nesta sexta-feira, 30 de junho, a favor da Universidade Harvard, bloqueando a tentativa do governo de Donald Trump de revogar o direito da instituição de participar do Programa de Intercâmbio de Estudantes e Visitantes. Essa ação governamental havia causado incerteza para milhares de acadêmicos internacionais.
A decisão da juíza permite que Harvard continue recebendo estudantes internacionais, enquanto o governo deve seguir os procedimentos adequados. Em sua liminar, Burroughs afirmou que o governo estava proibido de "implementar, instituir, manter ou dar qualquer força ou efeito" à revogação. Além disso, determinou que o governo informasse os postos diplomáticos dos EUA para que desconsiderassem instruções que restringissem a participação da universidade.
Embora a juíza não tenha atendido a todos os pedidos de Harvard, um porta-voz da universidade declarou que a decisão "permite que Harvard continue matriculando estudantes e acadêmicos internacionais enquanto o processo segue". O Departamento de Segurança Interna não comentou imediatamente sobre a decisão.
Conflito em Curso
A administração Trump e Harvard têm enfrentado um confronto direto, com acusações de antissemitismo e racismo. O governo retirou bilhões de dólares em financiamento de pesquisa da universidade, que contestou essas medidas judicialmente. A juíza Burroughs também está à frente desse processo, onde Harvard alega perseguição e tentativa de comprometer sua independência.
A disputa começou em 22 de maio, quando o Departamento de Segurança Interna anunciou a revogação do direito de Harvard participar do programa de visitantes estrangeiros. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, justificou a medida alegando que Harvard não havia fornecido informações sobre a conduta de seus estudantes internacionais, uma acusação que a universidade nega.
Impacto nos Estudantes
A incerteza gerada pelas ações do governo afetou diretamente a vida de estudantes internacionais. Harvard relatou um "sentimento palpável de medo, confusão e incerteza" no campus. Estudantes foram forçados a retornar a seus países de origem, e alguns tiveram vistos negados. A universidade recebeu uma enxurrada de questionamentos sobre o adiamento de matrículas, com pelo menos um estudante desistindo devido à incerteza.
A juíza Burroughs, em sua decisão, não blindou Harvard de futuras fiscalizações, permitindo que o governo ainda revise a conformidade da universidade com as regulamentações federais. A disputa continua, com Harvard se preparando para defender seus direitos e os de seus estudantes.
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