23 de jun 2025



Google e Meta confirmam ligação de e-mail de Mauro Cid a conta sob investigação
Investigação sobre Mauro Cid avança com revelações sobre conta de Instagram ligada a ele, levantando suspeitas de interferência e ataques cibernéticos.

O delator Mauro Cid durante o 2º dia do interrogatório sobre a trama golpista no STF. (Foto: Ton Molina/STF)
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Mauro Cid, ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro, está no centro de uma investigação sobre uma suposta trama golpista. Recentemente, Google e Meta informaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a conta de Instagram @gabrielar702, ligada a Cid, foi registrada com um e-mail associado a ele. Cid nega conhecer o perfil, enquanto sua defesa solicita uma apuração sobre a titularidade da conta.
Os documentos tornados públicos nesta segunda-feira, 23, pelo ministro Alexandre de Moraes, revelam que o e-mail maurocid@gmail.com foi criado em 2005 e está vinculado a um usuário cuja data de nascimento coincide com a de Mauro Cid. A Meta confirmou que a conta @gabrielar702 foi aberta com esse mesmo endereço e que está verificada em seus registros. O perfil ganhou notoriedade após a revista Veja divulgar mensagens atribuídas a Cid, discutindo os termos de sua delação premiada.
Durante seu depoimento ao STF, Cid afirmou que não tratou do conteúdo de sua delação pelo Instagram. Questionado sobre o perfil por seu advogado, Cid disse não saber se a conta pertencia à sua esposa, embora tenha reconhecido que o nome dela é Gabriela. A defesa de Cid nega qualquer responsabilidade pelas mensagens divulgadas e pede investigação sobre quem realmente controla a conta.
Revelações e Implicações
Além disso, o advogado Eduardo Kuntz, que defende o ex-assessor Marcelo Câmara, afirmou que Câmara foi o responsável pelas conversas mantidas na conta. Moraes interpretou essas informações como indícios de uma tentativa de interferência na investigação, resultando na prisão de Câmara e na abertura de um inquérito contra o advogado.
Os dados da Meta indicam que a conta foi acessada em 9 de junho de 2025, enquanto Cid estava no STF, por um dispositivo com IP da Alemanha, levantando a suspeita de uso de VPN. Isso sugere a possibilidade de um ataque hacker após a divulgação do perfil. O documento, que contém 84 páginas, não detalha as mensagens trocadas, mas revela interações com uma sobrinha de Cid nos Estados Unidos.
As investigações continuam, e a situação de Mauro Cid permanece sob intenso escrutínio, à medida que novos detalhes sobre sua delação e as comunicações associadas ao perfil no Instagram vêm à tona.
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