DM9 reconhece erros e institui comitê de ética em inteligência artificial

A DM9, agência de publicidade, se viu no centro de uma controvérsia após o Cannes Lions 2025, quando falhas na produção e envio de um videocase para a marca Consul levantaram questões sobre ética na publicidade. Em uma nota divulgada na terça-feira, 24, a agência reconheceu os erros e pediu desculpas, destacando a responsabilidade do copresidente e diretor de criação, Ícaro Doria.

A DM9 informou que está conduzindo uma apuração interna rigorosa e priorizando o diálogo com colaboradores e clientes, especialmente com a Consul, que não teve envolvimento nas falhas. O episódio reacendeu debates sobre a ética no uso da inteligência artificial (IA) na publicidade, um tema cada vez mais relevante no setor.

Para abordar essas questões, a DM9 anunciou a criação de um Comitê de Ética em Inteligência Artificial, que contará com membros externos e independentes. O objetivo é estabelecer diretrizes e promover discussões sobre o uso responsável da tecnologia. Pipo Calazans, copresidente da agência, enfatizou a importância de aprofundar a discussão sobre novas tecnologias e reafirmou o compromisso da DM9 com a ética e a integridade.

A organização do Cannes Lions também se manifestou, afirmando que levará as alegações a sério e realizará uma investigação completa. A Consul, por sua vez, reiterou sua posição contra a manipulação de informações e está tomando as medidas necessárias para garantir a transparência e a confiança de seus consumidores e parceiros.