Sede da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) localizada em Brasília (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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Servidores da Abin aprovam greve e pedem afastamento de diretor-geral na Justiça - Servidores da Abin aprovam greve e pedem afastamento de diretor-geral na Justiça

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Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) decidiram, nesta terça-feira, 24, mover uma ação judicial para solicitar o afastamento do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa. A medida foi aprovada em assembleia e vem acompanhada de um indicativo de greve, refletindo a crise interna que a agência enfrenta.

A crise se intensificou após indiciamentos da cúpula da Abin pela Polícia Federal, que investiga uma estrutura paralela de espionagem durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Corrêa é um dos indiciados, enfrentando acusações de embaraço à investigação, prevaricação e coação, todas negadas por ele.

Os servidores expressaram indignação com as acusações, classificando-as como "graves" e "inaceitáveis". A diretoria executiva da Intelis, que representa os profissionais de inteligência, afirmou que a decisão de reagir é um reflexo da "degradação geral da Abin". Além do afastamento de Corrêa, os servidores exigem maior diálogo com o governo e abordam questões como assédio institucional e vazamentos de dados sigilosos.

Indicativo de Greve

Com o indicativo de greve aprovado, a Intelis apresentará um conjunto de reivindicações formais ao governo. Caso não haja uma resposta satisfatória dentro do prazo estipulado, uma nova assembleia será convocada para discutir ações mais incisivas, como a adoção de operação padrão e a possibilidade de paralisação.

Os servidores também manifestaram preocupações sobre a falta de diálogo com o governo e a paralisia de funções estratégicas. Além disso, há receios sobre o controle de informações sigilosas, atualmente sob responsabilidade de outras instâncias do Executivo, como a Polícia Federal e o Ministério da Justiça.

A investigação sobre a chamada "Abin paralela" começou após a revelação do uso do software espião FirstMile, que teria sido utilizado para monitorar adversários políticos sem autorização judicial. Desde que as acusações contra Corrêa foram divulgadas, a pressão por sua demissão aumentou, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que pretende mantê-lo no cargo.

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