25 de jun 2025

Big techs adotam ideologia e modelo de negócios considerado 'perverso' por Moraes
Ministro Alexandre de Moraes alerta para a necessidade urgente de regular as big techs, citando a manipulação de informações e discursos de ódio.

Alexandre de Moraes, ministro do STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)
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O ministro do STF, Alexandre de Moraes, criticou o modelo de negócios das big techs, classificando-o como "perverso" e defendendo a urgência na regulação das redes sociais. Durante o painel do Global Fact, evento de checagem de fatos realizado no Brasil, Moraes destacou a falta de transparência e a manipulação de informações como problemas centrais.
Moraes afirmou que as redes sociais têm sido utilizadas para a prática de crimes sem responsabilização. Ele questionou se a sociedade deseja que essas plataformas continuem a ser exploradas para fins ilícitos, enfatizando que o lucro e o poder político estão em jogo. O ministro também mencionou que as redes disseminam discursos de ódio, parte intrínseca de seu modelo de negócios.
Críticas à Neutralidade das Redes
O ministro criticou a ideia de que as big techs são neutras, afirmando que elas têm viés político e interesses econômicos. Moraes alertou que a defesa da liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para a prática de crimes online. Ele lembrou que tentativas de regulamentação, como o projeto de lei das fake news, enfrentaram resistência das big techs, que disseminaram desinformação para influenciar deputados.
A ministra Carmem Lúcia também participou do evento, ressaltando que a democracia depende da confiança nas instituições. Ela destacou a disseminação alarmante de informações falsas, que ameaçam a integridade democrática. Lúcia criticou o que chamou de "servilismo digital", afirmando que a regulação não deve ser confundida com censura.
Necessidade de Regulamentação
Ambos os ministros concordaram que a regulamentação das redes sociais é essencial para garantir que elas sejam utilizadas de forma responsável. Moraes enfatizou que não há precedentes de atividades econômicas que impactem milhões de pessoas sem regulamentação. A discussão sobre a regulação das redes sociais continua a ser um tema central no debate sobre a proteção da democracia e a integridade da informação.
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