25 de jun 2025




Moraes convoca advogados de Bolsonaro para depor sobre mensagens de Cid
Ministro Alexandre de Moraes determina que advogados de Bolsonaro e Mauro Cid sejam ouvidos em investigação sobre obstrução de Justiça.

Advogados de Bolsonaro falam à imprensa após o próprio deixar a PF. Na foto: Fabio Wajngarten e Paulo Bueno (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou que a Polícia Federal (PF) ouça os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Paulo Costa Bueno e Fábio Wajngarten, em um inquérito que investiga tentativas de obstrução de Justiça. A decisão foi tomada após o tenente-coronel Mauro Cid, delator em um caso de suposta trama golpista, relatar tentativas de contato indevido com sua família.
As investigações começaram após o advogado Eduardo Kuntz, defensor do coronel Marcelo Câmara, informar ao STF sobre conversas com Cid via Instagram, o que poderia violar o sigilo da delação. Cid negou ter discutido sua colaboração com Kuntz e afirmou que não utilizou a rede social para tal. Durante o interrogatório, Kuntz questionou Cid sobre seus depoimentos à PF, levantando suspeitas sobre a integridade do processo.
Tentativas de Influência
A defesa de Cid alega que os advogados tentaram contatar sua esposa e filha menor de idade, além de abordagens à sua mãe em eventos sociais. Moraes considerou as condutas reportadas como graves, indicando uma possível tentativa de obstrução das investigações. A PF já recebeu dados de mensagens que envolvem Kuntz, Wajngarten e Bueno, que podem ser cruciais para o andamento do inquérito.
A situação se complica com a prisão de Câmara, determinada por Moraes, que também solicitou um laudo pericial sobre o celular da filha de Cid. O ministro estabeleceu um prazo de cinco dias para que os advogados sejam ouvidos, enquanto a investigação continua a apurar as ações de obstrução e suas implicações no caso que envolve Bolsonaro e seus assessores.
Cid, em depoimento, revelou que as tentativas de contato foram frequentes e ocorreram entre 2023 e 2024. Ele entregou à PF declarações de sua esposa e mãe, confirmando as abordagens dos advogados, que buscavam influenciar sua defesa. A gravidade das alegações levanta questões sobre a integridade do processo judicial em curso.
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