Política

Cid denuncia tentativa de advogados de Bolsonaro de mudar sua defesa jurídica

Advogados de Jair Bolsonaro tentaram influenciar a defesa de Mauro Cid durante investigação sobre golpe de 2022, revela depoimento à PF.

Tenente-coronel Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal na terça-feira (24) horas após participar de acareação no STF (Foto: Gabriela Biló - 10.jun.25/Folhapress)

Tenente-coronel Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal na terça-feira (24) horas após participar de acareação no STF (Foto: Gabriela Biló - 10.jun.25/Folhapress)

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelou à Polícia Federal que advogados associados ao ex-presidente tentaram persuadir sua família a alterar sua defesa durante a investigação sobre a trama golpista de 2022. As tentativas ocorreram a partir de agosto de 2023, coincidentemente quando Cid firmou um acordo de colaboração premiada.

Em seu depoimento, Cid mencionou que Fabio Wajngarten, um dos advogados, contatou sua esposa diversas vezes para convencê-la a mudar a defesa do militar. O termo de depoimento destaca que Wajngarten fez várias ligações para a esposa de Cid, buscando influenciar a estratégia legal do tenente-coronel.

Tentativas de Contato

Cid também relatou que os advogados Luiz Eduardo Kuntz e Wajngarten tentaram se aproximar de sua filha menor de idade, utilizando o hipismo como um pretexto. O militar afirmou que, ao verificar o celular da filha, encontrou mensagens constantes dos advogados pelo WhatsApp e Instagram. Além disso, Kuntz abordou a mãe de Cid em eventos, oferecendo-se para atuar na defesa do tenente-coronel.

A defesa de Cid solicitou à PF que investigue as ações dos advogados por possível obstrução de justiça. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que os advogados sejam ouvidos sobre as acusações. Kuntz se manifestou, afirmando que irá se defender nos autos, enquanto Wajngarten criticou a criminalização da advocacia.

Negação de Comunicações

No depoimento, Cid negou ter se comunicado com Kuntz sobre sua delação, alegando que as mensagens apresentadas pelo advogado foram forjadas. Ele suspeita que alguém gravou suas conversas sem autorização e repassou os áudios a Kuntz. A defesa de Cid considera as tentativas de contato dos advogados como uma estratégia ardilosa para interferir nas investigações.

A expectativa é que a Polícia Federal esclareça as suspeitas antes do julgamento dos réus envolvidos na trama golpista. O caso continua a gerar polêmica e atenção no cenário político brasileiro.

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