28 de jun 2025

Mauro Cid é alvo de novas investigações sobre mensagens polêmicas reveladas
Mauro Cid é investigado por violar proibição de uso de redes sociais e por mensagens críticas à sua delação. Advogado também é alvo de inquérito.

Foto enviada pelo advogado Eduardo Kuntz ao STF, que provaria que Mauro Cid estava por trás do perfil @gabrielar702 (Foto: Reprodução)
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O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, está sob investigação por suposta violação de uma proibição judicial que o impede de usar redes sociais. Cid, que é delator em um processo sobre tentativa de golpe, é alvo de novas apurações após mensagens críticas à sua delação surgirem nas redes.
O advogado de Cid, Luiz Eduardo Kuntz, também enfrenta um inquérito por obstrução de Justiça. Kuntz defende Marcelo Câmara, que foi preso por tentar interferir nas investigações. O ministro Alexandre de Moraes autorizou a abertura do inquérito após Cid relatar que advogados tentaram convencer sua família a persuadi-lo a mudar de defesa e desistir da delação.
Investigação das Redes Sociais
A empresa Meta confirmou que uma conta associada a Cid foi criada com seu e-mail em janeiro de 2024. Essa conta, que faz referência ao nome da esposa de Cid, foi utilizada para enviar mensagens críticas sobre a delação, embora o ex-assessor negue ter conhecimento da conta. Ele afirmou que não criou nem utilizou o perfil para se comunicar com advogados.
Kuntz apresentou ao STF mensagens que incluem uma imagem de Cid, mas o relatório da Meta não contém essas interações. O advogado sugeriu que as mensagens podem ter sido apagadas quando o perfil foi deletado, coincidentemente no dia do interrogatório de Cid.
Abordagens à Família
Cid relatou à Polícia Federal diversas tentativas de advogados de contatar sua família, incluindo sua esposa e filha, com o objetivo de convencê-lo a desistir da delação. A PF está investigando essas alegações e deve ouvir os advogados envolvidos. Moraes deu um prazo de cinco dias para que a PF colete depoimentos.
A defesa de Cid também solicitou que o caso seja encaminhado ao Conselho de Ética da OAB, visando investigar a conduta dos advogados. A OAB, por sua vez, afirmou que defende as prerrogativas dos advogados envolvidos, mas ressaltou que qualquer análise de irregularidades depende de uma representação formal.
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