30 de jun 2025

Líderes da Machonaria abandonam cargo e revelam dívida de R$ 500 mil
Renúncia de líderes expõe crise na Machonaria Nacional de Homens, com acusações de desvio de recursos e dívidas acumuladas.

Pastor Anderson Silva tem sido criticado por ex-membros de organização religiosa criada por ele (Foto: Reprodução)
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A Machonaria Nacional de Homens, fundada por Anderson Silva em 2021, enfrenta uma grave crise após a renúncia de 18 líderes em maio. A organização, que se propõe a promover o "resgate da masculinidade bíblica", é acusada de falta de transparência financeira e decisões unilaterais do fundador.
Os ex-líderes, que assinaram uma carta de desligamento, revelaram violações éticas, incluindo desvio de recursos e acumulação de dívidas. Um dos ex-integrantes, que preferiu não se identificar, afirmou que Anderson Silva mentiu sobre o uso de doações, desviando dinheiro destinado a ajudar uma família em situação de rua para um missionário.
Em resposta, Anderson Silva defendeu sua gestão, alegando que seus erros foram de "excesso de amor" e não de caráter. Ele afirmou que priorizou ajudar pessoas em sofrimento, como mães com filhos autistas, em vez de focar em obrigações financeiras. Contudo, os ex-membros criticam essa postura, alegando que encobria uma gestão financeira arbitrária e sem prestação de contas.
Acusações de Má Gestão
Os ex-líderes relataram que Anderson tomava decisões sem consultar a diretoria. Um exemplo citado foi a transferência de R$ 40 mil para uma igreja enquanto a Machonaria acumulava R$ 300 mil em dívidas. A situação se agravou quando os diretores descobriram que, de janeiro a maio, a organização teve entradas superiores a R$ 60 mil mensais, mas os colaboradores estavam com salários atrasados.
Anderson Silva, por sua vez, não pretende judicializar a questão e deixou o julgamento nas mãos de Deus. Ele enfatizou que não tem interesse em justificar boatos e que o Ministério Público está disponível para receber denúncias formais. No entanto, não apresentou documentos que comprovem suas alegações de gestão correta.
Os ex-líderes afirmam que a ruptura ocorreu exclusivamente por questões éticas e que não buscam qualquer ativo ligado à imagem pública de Anderson. Eles pedem uma prestação de contas clara sobre a gestão da Machonaria, que, segundo eles, gerou uma dívida superior a R$ 500 mil sem a devida transparência.
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