Política

Ribeirinhos e indígenas ainda vivem sob medo cinco anos após chacina do Abacaxis

Polícia Federal indiciou treze policiais por tortura e homicídio no Massacre do rio Abacaxis, enquanto a comunidade ainda clama por justiça.

Bruno Kelly (Foto: Bruno Kelly)

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A Polícia Federal indiciou 13 policiais, incluindo ex-altos funcionários do governo do Amazonas, por tortura e homicídio no caso do Massacre do rio Abacaxis, que ocorreu em agosto de 2020. A tragédia resultou na morte de um pai, sua nora e um neto, em uma operação policial violenta. A investigação inicial foi marcada pela indiferença das autoridades.

Antônio Monteiro, pai de uma das vítimas, ainda vive a dor da perda. "O que mais quero é que os assassinos sejam presos. Que eles paguem pelo que cometeram", desabafa. Em 5 de agosto de 2020, Anderson Monteiro, sua nora Vandrelânia Araújo e o neto Matheus foram abordados por policiais e torturados antes de serem mortos. Os corpos foram encontrados boiando no rio, com pedras amarradas aos pés para dificultar a localização.

O inquérito da PF revelou que a operação policial foi uma represália a um ataque a dois policiais, mas resultou em uma série de abusos. "Eles invadiram moradias, destruíram plantações e torturaram homens, mulheres e crianças", afirma um relatório. A comunidade ainda enfrenta um aumento da violência e atividades ilegais, como tráfico de drogas e pesca predatória.

A situação no rio Abacaxis permanece tensa. "As feridas permanecem abertas e a população traumatizada não esquece da chacina", diz um líder comunitário. Apesar do indiciamento, a sensação de impunidade persiste, e as comunidades clamam por proteção e fiscalização efetiva. A falta de demarcação das terras indígenas e a ausência do Estado agravam a vulnerabilidade das populações locais, que continuam a sofrer com a violência e a exploração.

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