Política

Trilhos de trem se tornam refúgio para crimes e sucata em áreas de tráfico

SuperVia enfrenta grave crise de segurança com tráfico de drogas e evasão de tarifas, afetando a operação de trens no Rio de Janeiro.

Desordem urbana. No trecho entre as estações de Pilares e Del Castilho, construções irregulares avançam sobre a área da ferrovia, praticamente se juntando às plataformas (Foto: Domingos Peixoto)

Desordem urbana. No trecho entre as estações de Pilares e Del Castilho, construções irregulares avançam sobre a área da ferrovia, praticamente se juntando às plataformas (Foto: Domingos Peixoto)

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A SuperVia, concessionária de transporte ferroviário no Rio de Janeiro, enfrenta sérios problemas de segurança e evasão de tarifas. Uma investigação recente revelou a presença de pontos de venda de drogas e desova de veículos ao longo da malha ferroviária, além de 140 barracos construídos em áreas invadidas.

Durante uma viagem de trem da Central do Brasil para Belford Roxo, é possível observar, ao passar pela estação Jacarezinho, pontos de venda de drogas operando ao lado das plataformas. A situação é recorrente em diversas estações que compõem a malha ferroviária, que se estende por 270 quilômetros e 104 estações, muitas delas em áreas dominadas por facções criminosas.

Entre os dias 6 e 25 de junho, repórteres de O GLOBO percorreram cinco ramais da SuperVia e encontraram 11 estações sob influência do tráfico, além de trechos utilizados para desova de veículos. Em áreas como Pilares, Del Castilho e Jacarezinho, mais de 140 barracos foram identificados, muitos com ligações de energia elétrica.

A evasão de tarifas também é alarmante. Estima-se que cerca de 18 mil pessoas utilizem os trens diariamente sem pagar a tarifa de R$ 7,60. A estação Padre Miguel é a mais afetada, liderando as estatísticas de evasão. A SuperVia registrou 659 interrupções de viagens entre janeiro e fevereiro de 2024, devido a problemas de segurança, como tiroteios e vandalismo.

A Polícia Militar informou que realiza patrulhamento nas áreas externas das estações, mas a situação continua crítica. A falta de controle nas estações reflete a realidade de um sistema que, além de enfrentar a violência, também lida com a presença constante do tráfico de drogas.

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