01 de jul 2025


STF decide sobre IOF e alerta para tensões antes do julgamento do golpe
Ministro do STF pode decidir sobre aumento do IOF, que gera expectativa de arrecadação de R$ 10 bilhões, em meio a tensões políticas.

Para ganhar tempo, Moraes pode adiar a decisão do IOF com base na própria regra de tramitação de uma ação declaratória de inconstitucionalidade (Foto: Antonio Augusto/STF)
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BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu trabalhar durante o recesso e pode julgar a ação do governo Lula que busca manter o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida foi tomada após o Congresso Nacional derrubar os decretos que instituíam o aumento, resultando em uma derrota significativa para o Executivo.
Nesta terça-feira, 1º, o governo acionou o STF para tentar reverter a decisão legislativa, com o objetivo de garantir a meta de déficit zero nas contas públicas. A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou a ação, que foi avaliada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que a decisão de Moraes possa ser adiada, considerando o clima tenso entre os Poderes.
Contexto Político
Interlocutores do ministro sugerem que a decisão sobre o IOF deve aguardar o julgamento de uma ação penal relacionada a tentativas de golpe, prevista para setembro. Essa ação envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e pode influenciar a relação entre o Judiciário e o Legislativo. O STF, historicamente, tende a apoiar a União em questões tributárias, o que pode favorecer o governo.
A avaliação interna no tribunal indica que, mesmo com respaldo jurídico, o momento não é propício para uma decisão que poderia intensificar a crise política. O caso do IOF pode perder relevância na opinião pública até setembro, quando outras prioridades políticas devem surgir.
Possíveis Desdobramentos
Se o STF conceder a liminar solicitada pela AGU, o aumento do IOF poderá ser restabelecido, com uma arrecadação estimada em R$ 10 bilhões em 2025. Essa quantia seria especialmente relevante em operações como compras internacionais com cartão de crédito. Contudo, o governo ainda não sinalizou mudanças em sua estratégia política, e a resolução do impasse pode depender mais do cenário internacional do que de articulações em Brasília.
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