Política

Algoritmos lucrativos seguem impunes enquanto bobo da corte é preso

STF determina que plataformas digitais são responsáveis por conteúdos de ódio, intensificando a luta contra a discriminação online.

Leo Lins no espetáculo “Enterrado vivo” (Foto: Divulgação)

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Léo Lins, humorista, foi condenado a oito anos de prisão por incitar discriminação contra minorias em vídeos no YouTube. A decisão, que também inclui uma multa de R$ 300 mil, reflete a crescente preocupação com discursos de ódio nas plataformas digitais.

O STF, em recente julgamento, decidiu que as plataformas podem ser responsabilizadas por conteúdos ilícitos sem necessidade de ordem judicial. Essa mudança é crucial para enfrentar a responsabilidade das empresas que lucram com discursos de ódio. A condenação de Lins ocorreu em um contexto em que o Supremo reavaliava as regras do Marco Civil da Internet, destacando a insuficiência da exigência de ordem judicial para responsabilização civil.

Os vídeos de Lins, que promoviam discriminação por deficiência, raça, orientação sexual e outras características, foram amplamente criticados. A Justiça questiona como o YouTube permitiu a divulgação e manutenção desse conteúdo, enquanto lucra com a audiência gerada. A decisão do STF aponta para a necessidade de responsabilizar não apenas os criadores de conteúdo, mas também as plataformas que os promovem.

A nova interpretação do STF rompe com a ideia de neutralidade algorítmica, reconhecendo que as plataformas têm um papel ativo na disseminação de discursos de ódio. Essa mudança é um passo importante na luta contra a discriminação e a violência digital, exigindo uma abordagem mais rigorosa em relação ao conteúdo que é monetizado e impulsionado online. A sociedade deve enfrentar o poder das plataformas para construir um ambiente mais seguro e democrático.

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