Política

Canal policial mencionado na PF reabre após dois anos de inatividade

Polícia Federal investiga reativação do canal Diário da Honra, ligado a esquema de propina e lavagem de dinheiro por Felipe Arlotta.

Ramagem foi entrevistado pelo Diário da Honra em 2022, antes de deixar o cargo na Abin (Foto: Reprodução/YouTube)

Ramagem foi entrevistado pelo Diário da Honra em 2022, antes de deixar o cargo na Abin (Foto: Reprodução/YouTube)

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Um canal de YouTube, Diário da Honra, voltou a ser ativo em maio de 2025 após dois anos de inatividade. O canal é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) relacionada à chamada "Abin paralela". O administrador, Felipe Arlotta Freitas, é acusado de receber propina e de lavar dinheiro por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe.

O canal, que possui 97 mil inscritos, não publicava conteúdo desde 27 de dezembro de 2022. A reativação ocorreu em 23 de maio de 2025, pouco antes do término das investigações sobre a Abin. Arlotta, que é policial federal e foi assessor especial do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, ocultou sua participação na administração do canal, segundo a PF.

Acusações e Investigações

A PF aponta que Arlotta criou a DH Web Conteúdo e Mídia Social em 2022 para gerenciar as finanças do Diário da Honra. A empresa recebeu pagamentos mensais de empresas contratadas pela Abin, incluindo R$ 5 mil mensais da Berkana Tecnologia em Segurança, em troca de divulgação no canal. O relatório da PF indica que Arlotta utilizava a empresa para dar aparência de legalidade a recursos de origem criminosa, configurando, em tese, o crime de lavagem de capitais.

Além da Berkana, outras empresas, como Websis Tecnologia e MKS Gestão de Resíduos, também pagavam ao Diário da Honra, mas a PF não encontrou evidências de publicidade nos vídeos. O canal já entrevistou figuras como Ramagem e o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite.

Consequências Legais

O relatório da PF afirma que Arlotta foi indiciado por ordenar e participar de ações clandestinas e por falsificação de documentos. A investigação revelou que ele mantinha uma agenda com informações sobre a empresa e senhas de acesso a várias plataformas. O apresentador do canal, João Luiz Chaves Júnior, anunciou o retorno do Diário da Honra, destacando a importância do canal para seus seguidores.

A legislação brasileira proíbe que servidores públicos federais administrem empresas privadas. As evidências coletadas pela PF demonstram que Arlotta atuou como administrador da DH Web, o que contraria essa norma. A PF continua a investigar as atividades de Arlotta e suas implicações na Abin paralela.

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