03 de jul 2025

Ex-diretora de presídio na Bahia é acusada de corrupção e romance com preso
Ex diretora do Conjunto Penal de Eunápolis é indiciada por corrupção e facilitação de fuga de detentos, com 17 indiciados no caso.

Ex-diretora de presídio é presa suspeita de facilitar fuga de 16 detentos na Bahia (Foto: Arquivo Pessoal)
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A ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, foi indiciada por facilitar a fuga de 16 detentos em dezembro de 2022. Quinze deles ainda estão foragidos, enquanto um foi morto em confronto com a polícia. Novas acusações surgiram, incluindo corrupção, envolvimento com facções criminosas e um relacionamento com um interno.
As informações foram reveladas em um processo ao qual a TV Bahia teve acesso exclusivo. Além de Joneuma, 17 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-coordenador de segurança, Wellington Oliveira Sousa, que também está preso. Joneuma, que foi a primeira mulher a dirigir a unidade, é acusada de ter permitido regalias aos detentos, como a entrada irregular de itens como roupas e ventiladores.
Depoimentos indicam que Joneuma mantinha um relacionamento amoroso com Ednaldo Pereira de Souza, conhecido como Dadá, um dos fugitivos e líder de uma facção criminosa. Wellington revelou que a esposa de Dadá tinha acesso ao presídio sem inspeção, com autorização da diretora. Relatos apontam que encontros entre Joneuma e Ednaldo ocorriam em áreas restritas da unidade.
Joneuma, que estava grávida no momento da prisão, teve seu filho prematuro e permanece com ele na cela do Conjunto Penal de Itabuna. Sua irmã e advogada, Jocelma Neres, nega as acusações de relacionamento e expressa preocupação com a situação do bebê no presídio. O advogado Artur Nunes defendeu que algumas regalias eram necessárias para manter a ordem na unidade.
O Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra os indiciados em março de 2023. As investigações revelaram que a fuga foi planejada com antecedência, com os detentos utilizando uma furadeira para abrir um buraco no teto da cela. A ex-diretora teria recebido R$ 1,5 milhão da facção criminosa, o que é negado por sua defesa. A Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que não compactua com privilégios no sistema prisional e que colabora com as investigações.
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