03 de jul 2025

Ex-primeira-ministra de Bangladesh é condenada a seis meses de prisão na ausência
Sheikh Hasina enfrenta condenação e mandados de prisão, enquanto o novo governo promete responsabilizar líderes por abusos em Bangladesh.

Wolfgang Rattay/Reuters
Ouvir a notícia:
Ex-primeira-ministra de Bangladesh é condenada a seis meses de prisão na ausência
Ouvir a notícia
Ex-primeira-ministra de Bangladesh é condenada a seis meses de prisão na ausência - Ex-primeira-ministra de Bangladesh é condenada a seis meses de prisão na ausência
Sheikh Hasina, ex-primeira-ministra de Bangladesh, foi condenada a seis meses de prisão pelo Tribunal Internacional de Crimes do país, em um caso de desrespeito ao tribunal. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, após a ex-líder se exilar na Índia em meio a protestos estudantis em agosto.
As acusações contra Hasina surgiram após a divulgação de uma gravação em que ela supostamente admite ter "licença para matar". O tribunal, que foi estabelecido em 2010 pelo governo de Hasina para julgar crimes de guerra de 1971, também emitiu mandados de prisão contra outros líderes da Awami League, partido que ela liderou por anos.
O procurador-chefe Muhammad Tajul Islam informou que a sentença de Hasina é a primeira em uma série de casos que ela enfrenta desde sua fuga. Além disso, Shakil Akand Bulbul, um líder da Chhatra League, braço estudantil da Awami League, foi condenado a dois meses de prisão no mesmo processo. As sentenças entrarão em vigor com a prisão ou entrega dos condenados.
A gravação que originou as acusações foi confirmada como autêntica por um relatório forense de uma agência investigativa do governo. O novo governo interino, liderado pelo prêmio Nobel Muhammad Yunus, prometeu responsabilizar líderes por abusos de direitos e corrupção, especialmente em relação à repressão ao movimento estudantil que resultou na queda de Hasina.
Até o momento, o tribunal já emitiu três mandados de prisão contra a ex-primeira-ministra, incluindo acusações de crimes contra a humanidade relacionadas à violência de julho. O partido Awami League permanece banido enquanto os processos contra seus membros continuam. Os apoiadores de Hasina alegam que as acusações são motivadas politicamente, mas o governo interino defende que os julgamentos são essenciais para restaurar a confiança nas instituições democráticas de Bangladesh.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.