03 de jul 2025

Ex-vice do PSOE solicita liberdade imediata ao Supremo Tribunal
Advogado pede liberdade imediata para Santos Cerdán, alegando falta de provas e criticando a prisão como estratégia coercitiva.

Santos Cerdán, ex-secretário de Organização do PSOE, chega ao Tribunal Supremo para declarar como investigado, na última segunda-feira. (Foto: Álvaro García)
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El abogado de Santos Cerdán, ex-secretário de Organização do PSOE, solicitou ao Tribunal Supremo a libertação imediata de seu cliente, preso sob acusações de cohecho, organização criminosa e tráfico de influências. O pedido foi apresentado nesta quinta-feira, após a decisão do juiz Leopoldo Puente, que determinou a prisão de Cerdán na última segunda-feira.
A defesa argumenta que Cerdán é o único investigado em prisão e critica a falta de provas concretas contra ele. O advogado, Benet Salellas, afirmou que a investigação parece ser uma "causa geral" contra o ex-secretário, com o objetivo de encontrar indícios que o vinculem a atividades ilícitas. Ele destacou que outros três principais acusados, incluindo o ex-ministro José Luis Ábalos, permanecem em liberdade.
Salellas também levantou preocupações sobre a possibilidade de que a prisão de Cerdán tenha sido uma estratégia para forçá-lo a confessar. Ele criticou a atuação da Fiscalia Anticorrupción, afirmando que a medida de prisão não deve ser usada para compelir declarações. Durante seu depoimento, Cerdán negou qualquer influência na adjudicação de obras públicas e rejeitou a cobrança de comissões.
A defesa questionou a validade de provas, como áudios gravados por Koldo García, um dos co-investigados, e criticou a interpretação do juiz, que teria adotado uma postura inquisitiva. Salellas argumentou que a decisão de prisão não considerou adequadamente o caráter excepcional da medida e carecia de indícios suficientes de criminalidade.
O magistrado justificou a prisão de Cerdán com base no risco de destruição de provas. No entanto, a defesa refutou essa alegação, afirmando que não foram especificadas quais provas estariam em risco. O advogado também contestou a estimativa de que os acusados teriam recebido um percentual de 1% em comissões, considerando-a infundada.
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