Política

Moraes surpreende governo Lula ao decidir sobre repescagem do IOF e anima centrão

Ministro do STF derruba decretos sobre IOF, complicando estratégia do governo Lula e abrindo espaço para o centrão nas negociações.

Plenário do STF durante julgamento sobre responsabilização das redes sociais; Ministro Alexandre de Moraes (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de derrubar os decretos que tratavam do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) surpreendeu o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O ato, que ocorreu em um momento de tensão entre o Executivo e o Legislativo, beneficia o centrão, representado por líderes como o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

A medida de Moraes não estava nos planos do governo, que acreditava ter respaldo jurídico para sustentar a alta do IOF, considerada inconstitucional por aliados. A decisão do STF, ao invalidar tanto o decreto presidencial quanto o ato do Congresso, colocou em xeque a estratégia do governo e abriu espaço para o centrão nas negociações. A expectativa é que a reunião entre Executivo e Legislativo, marcada para 15 de julho, busque um entendimento sobre a questão.

Repercussão no STF e no Congresso

A decisão gerou reações diversas dentro do STF. Alguns ministros expressaram surpresa, considerando que a prerrogativa do Executivo em definir a alíquota do IOF é respaldada por precedentes da corte. O ministro Flávio Dino, em palestra recente, minimizou a controvérsia, afirmando que a discussão não geraria debates significativos.

A suspensão dos decretos reabre a discussão sobre o IOF em um momento crítico para a administração Lula, que enfrenta desafios fiscais. Com a nova determinação, o governo terá a oportunidade de dialogar com o Legislativo sobre alternativas para equilibrar as contas públicas. Essa abordagem é vista como essencial para evitar um agravamento da crise fiscal.

Oportunidade para o governo

A decisão de Moraes também evita um confronto direto entre o Judiciário e o Congresso, que já demonstrou descontentamento com a interferência do STF em suas prerrogativas. A manobra do ministro cria um espaço para que Executivo e Legislativo se reúnam e discutam soluções viáveis para os problemas financeiros do país. A expectativa é que Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busquem um entendimento que contemple cortes de gastos e outras formas de arrecadação.

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