Política

Cid solicita criação de grupo de conversa com advogado de Bolsonaro após delação

Mauro Cid, ex assessor de Jair Bolsonaro, violou regras de confidencialidade ao solicitar grupo no Instagram com advogado do ex presidente.

Mauro Cid manda selfie em comunicação clandestina pelo perfil @gabrielar702 no Instagram (Foto: Reprodução)

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Cerca de quatro meses após a homologação de seu acordo de delação premiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor de Jair Bolsonaro, gerou polêmica ao solicitar a criação de um grupo no Instagram com o advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno. O pedido foi feito ao advogado Luiz Eduardo Kuntz e contraria as regras de confidencialidade do acordo.

Em depoimento à Polícia Federal, Kuntz relatou que Cid pediu a criação do grupo no dia 31 de janeiro de 2024, após um primeiro contato pelo perfil ‘gabrielar702’. O advogado não soube explicar o motivo do pedido e afirmou que o grupo ficou inativo por meses. Cid, que deve falar a verdade e não se comunicar com outros investigados, parece ter buscado contato direto com a defesa de Bolsonaro.

Cid enfrenta acusações de mentir sobre sua colaboração e de vazar informações. Ele já havia sido acusado de usar um perfil no Instagram para criticar a condução do caso pelo ministro Alexandre de Moraes e pela Polícia Federal. Em mensagens, Cid afirmou que o “jogo é sujo” e que Moraes “já tem a sentença pronta” para condenar Bolsonaro e outros ex-ministros.

Situação Complicada

O advogado Kuntz também mencionou que, após a prisão de Cid em 2023, se encontrou com ele na PF para discutir uma possível contratação. Cid, envolvido em acusações de desvio de joias, expressou sua frustração ao afirmar que “essa p… é minha”. O tenente-coronel trocou de advogado várias vezes antes de contratar Cezar Bitencourt.

Kuntz afirmou que as comunicações com Cid eram feitas pelo perfil ‘gabrielar702’ e pelo WhatsApp de uma das filhas do delator. O advogado negou ter repassado informações à defesa de Bolsonaro, embora tenha confirmado que Celso Vilardi, outro advogado da equipe, tinha conhecimento do perfil clandestino de Cid. Cunha Bueno, por sua vez, optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento.

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