06 de jul 2025

Supremo Tribunal reconhece falhas na gestão do estado do Rio de Janeiro
Ministro Dias Toffoli prorroga Regime de Recuperação Fiscal do Rio de Janeiro, evitando aumento da dívida para R$ 11,5 bilhões até 2025.

Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Gustavo Moreno/STF)
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Em decisão liminar, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou até o final de 2023 o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do Rio de Janeiro. Essa medida visa evitar um aumento significativo na dívida do estado, que poderia saltar de R$ 4,9 bilhões para R$ 11,5 bilhões.
O RRF foi implementado em 2017, em resposta à grave crise financeira do estado. A decisão de Toffoli também permite que o Rio negocie a adesão a um novo programa de refinanciamento, conhecido como Propag. A liminar é vista como uma extensão do prazo para que o estado busque alternativas para equilibrar suas contas.
O contrato de 2017 previa um período de carência nos juros, mas o estado não cumpriu as condições necessárias para manter os benefícios. A decisão do STF ocorre em um contexto de crescente intervenção judicial nas relações entre a União e os estados, levantando preocupações sobre a responsabilidade fiscal e a gestão pública.
Além disso, a liminar mantém a dívida do Rio com a União em R$ 4,9 bilhões para 2025, evitando um aumento que poderia comprometer ainda mais as finanças estaduais. O Congresso Nacional ainda precisa votar vetos presidenciais que impactam o Propag, incluindo a proibição do uso de um fundo regional para antecipar recursos e reduzir juros.
A situação do Rio de Janeiro reflete um padrão de má gestão fiscal em diversos estados brasileiros, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A dependência de socorros federais e decisões judiciais levanta questões sobre a capacidade dos estados de se reestruturarem financeiramente e cumprirem acordos previamente estabelecidos.
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