Cortes do governo dos EUA podem ter contribuído para tragédia no Texas

Após as inundações fatais no Texas, o debate sobre os cortes na força de trabalho do Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) durante a administração Trump ganhou destaque. Especialistas afirmam que, apesar da redução de pessoal, as previsões e alertas para as inundações foram adequados, embora a comunicação com serviços de emergência possa ter sido afetada.

Senador Chris Murphy destacou que "previsões meteorológicas precisas ajudam a evitar desastres fatais", sugerindo que os cortes no NWS comprometeram a capacidade de prever as inundações. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, rebateu, afirmando que os escritórios do NWS estavam bem equipados. No entanto, dados mostram que a força de trabalho do NWS foi reduzida em cerca de 600 funcionários, resultando em uma taxa de vacância de 20% em algumas regiões.

Climatologistas afirmam que as previsões e avisos emitidos durante as inundações foram adequados, mas a falta de pessoal pode ter dificultado a coordenação com os serviços de emergência. Daniel Swain, cientista do clima, mencionou que a comunicação meteorológica pode ter sido "sub-ótima" devido a essas lacunas. Escritórios em San Angelo e San Antonio apresentaram vagas, incluindo a ausência de meteorologistas e um hidrólogo sênior.

Apesar das dificuldades, o NWS informou que aumentou temporariamente o número de meteorologistas durante o evento. Erica Grow Cei, porta-voz do NWS, afirmou que todos os avisos foram emitidos em tempo hábil. No entanto, a redução na liberação de balões meteorológicos, uma ferramenta crucial para a coleta de dados, foi apontada como um fator preocupante por alguns especialistas.

Embora as previsões tenham sido consideradas adequadas, a falta de pessoal pode ter impactado a eficácia da comunicação entre o NWS e as autoridades locais. A situação levanta questões sobre a capacidade do NWS de responder a eventos climáticos extremos no futuro.