08 de jul 2025
Justiça dos EUA intima Moraes novamente por censura em caso da Trump Media
Ministro Alexandre de Moraes enfrenta nova intimação da Justiça da Flórida em ação que questiona sua atuação sobre liberdade de expressão.

Ministro Alexandre de Moraes durante sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (Foto: Ton Molina/STF)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi intimado novamente pela Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, em uma ação movida pelas empresas Trump Media e Rumble. A intimação, recebida em 7 de outubro, exige que Moraes responda em 21 dias a acusações de censura, sob pena de ser julgado à revelia.
As empresas alegam que o ministro violou a Primeira Emenda da Constituição americana ao ordenar a remoção de contas de influenciadores brasileiros de direita, como Allan dos Santos. A Rumble e a Trump Media argumentam que as ordens de Moraes infringem a liberdade de expressão, um direito fundamental nos EUA, e que um juiz estrangeiro não pode desrespeitar essa proteção.
Contexto da Ação
Essa não é a primeira vez que Moraes enfrenta ações judiciais nos EUA. Em junho, ele já havia recebido uma citação semelhante. A Advocacia-Geral da União (AGU) está se preparando para defendê-lo, considerando a ação uma violação da soberania brasileira. A AGU, sob a liderança do ministro Jorge Messias, planeja uma resposta robusta à ofensiva das empresas.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, mencionou que Moraes pode enfrentar sanções, reforçando a pressão política sobre o ministro. A situação se agrava em meio a declarações de apoio de figuras como Donald Trump, que criticou as ações de Moraes, caracterizando-as como uma "caça às bruxas".
Implicações Políticas
A ação judicial reflete a crescente tensão entre as legislações brasileira e americana. O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já orientou a AGU a defender as prerrogativas do Estado e a independência das instituições. A AGU enfatiza que o Brasil tem o direito de estabelecer suas próprias regras e interpretá-las conforme suas circunstâncias.
Caso a ação prossiga, não há base jurídica para que Moraes seja punido. A situação evidencia a necessidade de proteger a democracia e a autonomia do sistema judiciário brasileiro diante de tentativas externas de ingerência.




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