08 de jul 2025
Justiça rejeita ação do MPF contra exploração de petróleo na Foz do Amazonas
Justiça Federal libera Petrobras para pesquisas na Bacia da Foz do Amazonas, enquanto restrições para comunidades indígenas são mantidas.

Vista aérea do Foz do Rio Amazonas em Macapá (Foto: Tiago Orihuela/Getty Images)
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A Justiça Federal no Amapá autorizou a Petrobras e o Ibama a prosseguir com as pesquisas para exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. A decisão, tomada na segunda-feira, 7, negou o pedido de suspensão feito pelo Ministério Público Federal (MPF). O juiz federal Athos Alexandre Câmara Attiê argumentou que não estavam presentes os requisitos para a suspensão, como a probabilidade do direito e o perigo de dano irreparável.
A ação do MPF, movida em junho, buscava anular uma autorização do Ibama que permitiu à Petrobras avançar na última etapa do licenciamento ambiental. Com a decisão judicial, a Petrobras iniciará a Avaliação Pré-Operacional (APO), que inclui simulações de vazamento de óleo na margem equatorial brasileira. O exercício visa testar a capacidade de resposta da empresa a um possível desastre ambiental no Bloco 59, localizado a cerca de 160 quilômetros do litoral do Amapá.
Restrições e Controvérsias
A Justiça também impôs restrições, proibindo funcionários da Petrobras e do Ibama de entrarem nas aldeias dos povos indígenas Uaçá, Galibi e Juminã sem a autorização da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A falta de diálogo com as comunidades tradicionais é um dos principais argumentos do MPF contra a exploração petrolífera na região, que também critica a ausência da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS).
A decisão foi celebrada pelo governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), que a considerou uma "vitória". Ele destacou que a autorização para os exercícios de emergência se baseia em parecer técnico do Ibama. O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), um dos defensores do projeto, também comemorou, afirmando que agora não há mais barreiras para que a Petrobras realize suas pesquisas na costa do Amapá.
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