24 de mai 2025

Freira brasileira é afastada e provoca crise em mosteiro com revelações impactantes
Freira brasileira é destituída de liderança em mosteiro na Itália após denúncias anônimas. Aline Ghammachi luta por justiça e reintegração.
Foto:Reprodução
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Aline Pereira Ghammachi, freira brasileira de 41 anos, foi destituída da liderança do Mosteiro Cistercense dos Santos Gervásio e Protásio, na Itália, após acusações anônimas de maus-tratos e abuso de poder. Aline nega as acusações e aguarda uma resposta do Vaticano, enquanto 12 freiras deixaram o mosteiro em solidariedade a ela.
Aline acredita que sua expulsão é resultado das reformas que implementou e do machismo presente na hierarquia da Igreja. Ela introduziu um novo modelo de gestão e promoveu iniciativas que ajudaram a revitalizar o mosteiro, que enfrentava dificuldades financeiras. Desde 2023, o local passou por diversas inspeções, mas Aline afirma que não teve acesso aos relatórios e não pôde se defender adequadamente.
Nascida em Macapá, Aline chegou ao mosteiro em 2005 e foi eleita abadessa em 2018, tornando-se a mais jovem a ocupar o cargo na Itália. Sua liderança, baseada na transparência e escuta, gerou desconforto entre os superiores, especialmente com o abade-chefe da ordem, frei Mauro Giuseppe Lepori. Aline destaca que sua gestão inovadora e a abertura do mosteiro ao mundo exterior foram fatores que incomodaram a hierarquia.
Reformas e Conflitos
Durante sua gestão, Aline implementou projetos como uma horta comunitária e a produção de um prosecco, que ajudaram a melhorar a situação financeira do mosteiro. No entanto, as denúncias anônimas começaram a surgir logo após o lançamento do vinho, o que Aline considera uma tentativa de deslegitimar seu trabalho. Em abril de 2024, o mosteiro foi comissariado, e Aline foi afastada, sendo substituída por uma freira de 81 anos, próxima a Lepori.
Após sua saída, Aline e as freiras que a apoiaram se instalaram em uma casa de campo, onde pretendem continuar a produção do prosecco como símbolo de resistência. Aline afirma que não está pedindo dispensa dos votos e deseja continuar sua vida religiosa, apesar das dificuldades. O Vaticano, por sua vez, não detalha as decisões tomadas sobre o caso, mas a Ordem Cisterciense afirma que as medidas foram necessárias para auxiliar a comunidade.
Aline continua a lutar por sua reintegração e espera que sua situação possa abrir caminhos para outras religiosas que enfrentam problemas semelhantes. Ela se recusa a ser silenciada e busca justiça, não apenas para si, mas para todas as mulheres na Igreja que possam estar sofrendo em silêncio.
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