02 de jul 2025

Vazamento de documentos do Vaticano intensifica debate sobre a Missa Latina
Documentos vazados revelam que bispos temem que restrições à Missa em latim causem mais divisões na Igreja Católica.
Freiras estão ao lado de cópias do jornal L'Osservatore Romano com manchetes em latim do Papa Leão XIV no Vaticano, na sexta-feira, 9 de maio de 2025, um dia após sua eleição como o primeiro papa norte-americano. (Foto: AP Photo/Francisco Seco, arquivo)
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A controvérsia sobre a Missa em latim na Igreja Católica ganhou novos contornos com o vazamento de documentos do Vaticano. Os textos, que sugerem que a maioria dos bispos estava satisfeita com a celebração da antiga liturgia, desafiam a justificativa do Papa Francisco para restringir seu uso em 2021.
Os documentos, divulgados pela repórter Diane Montagna, indicam que muitos bispos alertaram que a restrição à Missa em latim poderia "fazer mais mal do que bem". A análise da situação, realizada pelo escritório de doutrina do Vaticano, revela que a maioria dos bispos que participaram de uma pesquisa em 2020 expressou uma visão favorável à reforma de Bento XVI, que havia relaxado as restrições à liturgia.
Desde o início de seu papado, Francisco tem buscado a unidade na Igreja, mas sua decisão de limitar o uso da Missa em latim foi vista como uma resposta a divisões crescentes, especialmente nos Estados Unidos. Ele argumentou que a flexibilização anterior havia sido "explorada para ampliar as divergências" dentro da Igreja.
Os documentos vazados incluem uma avaliação abrangente das respostas dos bispos, que destacam o aumento das vocações religiosas em comunidades tradicionalistas. Os textos sugerem que a supressão da Missa em latim poderia levar católicos tradicionalistas a se afastarem da Igreja.
Embora algumas opiniões negativas tenham sido registradas, a maioria dos bispos considerou que a restrição poderia prejudicar a vida da Igreja. Joseph Shaw, da Sociedade da Missa em Latim da Inglaterra e País de Gales, afirmou que as novas revelações confirmam que a decisão de Francisco foi baseada na opinião de uma minoria de bispos.
A situação agora coloca pressão sobre o Papa Leão XIV, que iniciou seu pontificado com a promessa de promover a reconciliação e a unidade na Igreja. A questão da Missa em latim permanece um tema delicado que exige atenção urgente.
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