26 de abr 2025
Cidadania vaticana é a mais exclusiva do mundo e depende de vínculos com a Igreja Católica
Cidadania vaticana é a mais exclusiva do mundo, restrita a poucos e sem herança automática. Apenas 618 cidadãos registrados até 2023.
Fila para entrar na Basílica de São Pedro e ver o Papa Francisco, na manhã desta quarta-feira, no Vaticano (Foto: Andrew Medichini/AFP)
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O Vaticano, menor Estado soberano do mundo, possui uma cidadania extremamente exclusiva, concedida apenas a indivíduos com vínculos diretos com a Santa Sé. Com uma população de cerca de 800 pessoas, a nacionalidade vaticana é restrita a cardeais, membros da Guarda Suíça, funcionários da Igreja e seus familiares imediatos.
A cidadania no Vaticano não é herdada automaticamente e é concedida de forma temporária. Até 2023, havia apenas 618 cidadãos registrados, dos quais 372 residem fora do país. A concessão é feita pelo papa e está ligada ao serviço à Igreja Católica. Ao perder o vínculo que justifica a cidadania, o indivíduo também perde o direito a ela.
A ausência de hospitais e maternidades no Vaticano torna raro o nascimento de cidadãos dentro de suas fronteiras. Quando isso ocorre, o recém-nascido recebe a cidadania italiana, conforme acordos com o país. A cidadania não é garantida por nascimento, e apenas filhos de funcionários que já possuem cidadania podem ser considerados cidadãos.
As leis de cidadania do Vaticano não seguem os princípios do "jus soli" (direito de solo) ou "jus sanguinis" (direito de sangue). Assim, mesmo que uma criança nasça no território, não há garantia de cidadania. O advogado e vaticanista Juvenil Alves destaca que a cidadania vaticana é a mais rara do planeta, refletindo a natureza eclesiástica do Estado.
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