Papa Leão XIV inicia seu pontificado com foco em vida simples e transparência financeira

O papa Leão XIV, eleito em 8 de maio, terá suas despesas cobertas pelo Vaticano, mas ainda não se sabe se seguirá o exemplo de seu antecessor, Francisco, que optou por não receber salário. A Igreja Católica, conhecida por suas tradições e decorações luxuosas, tem visto os papas adotarem uma postura de simplicidade.

Os papas, ao longo da história, não costumam receber salários exorbitantes. Francisco, por exemplo, fez um voto de pobreza e viveu em acomodações mais humildes, como a suíte 201 da Casa Santa Marta. As despesas papais, que incluem moradia, saúde e viagens, são estimadas em € 14 milhões (aproximadamente R$ 90 milhões) anuais.

Situação Financeira do Vaticano

O Vaticano enfrenta um déficit significativo, revelando um rombo operacional de € 82 milhões (R$ 526 milhões) em 2023. Para lidar com essa situação, a Santa Sé implementou reformas, como cortes nos salários de bispos e o fim da prática de oferecer apartamentos subsidiados ao alto clero. A busca por maior transparência financeira é uma prioridade.

As principais fontes de renda do Vaticano incluem doações, turismo e lucros de museus. O Óbolo de São Pedro, coleta anual de católicos, arrecada cerca de € 23 milhões (mais de R$ 150 milhões) por ano, com contribuições significativas dos Estados Unidos, Alemanha e Itália. A escolha de Leão XIV em relação ao salário e estilo de vida ainda é uma expectativa entre os fiéis.