27 de abr 2025
Trump e o anti-iluminismo: uma análise das políticas do presidente dos EUA
Foro Ibero América, fundado em 2000, busca fortalecer laços culturais entre América do Sul, Portugal e Espanha. Recentemente, um cronista sugeriu que Donald Trump estaria inaugurando um novo iluminismo. No entanto, a análise contrasta suas ações com os princípios iluministas, caracterizando as como anti iluministas. O Foro, que reúne empresários, políticos e escritores, teve como um de seus defensores António Guterres, ex primeiro ministro de Portugal e atual secretário geral da ONU. Em sua primeira reunião em Toledo, Guterres destacou o iluminismo como um investimento essencial para o desenvolvimento. O iluminismo, movimento do século 18, promoveu a razão, a ciência e o pensamento crítico como ferramentas para a transformação social. Pensadores como John Locke, Voltaire, Immanuel Kant e Jean Jacques Rousseau defendiam que o conhecimento racional poderia libertar a humanidade de dogmas e superstições. Contrapõe se a isso a postura de Trump, que, segundo a análise, toma decisões arbitrárias e ignora os poderes constituídos. O colunista João Pereira Coutinho, em artigo na Folha, discute a evolução do conceito de liberalismo, que, segundo Adam Smith, deve permitir que cada um busque seus interesses. O filósofo Michael Walzer acrescenta que ser liberal envolve generosidade e aceitação da ambiguidade. A análise conclui que, até o momento, as políticas de Trump não seguem os preceitos do iluminismo, mas sim o anti iluminismo, levantando questões sobre a direção de seu governo e as implicações futuras. A "avant première" de sua administração não foi promissora, deixando incertezas sobre os próximos passos. **Linha fina:** A análise critica a ideia de Trump como um novo iluminista, destacando suas ações como opostas aos valores do iluminismo.
O presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)
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O Foro Ibero-América, criado em dois mil, busca conectar países da América do Sul com Portugal e Espanha, promovendo valores culturais e o uso da razão. Recentemente, um cronista sugeriu que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria iniciando um novo iluminismo. No entanto, análises indicam que suas ações se opõem aos princípios iluministas, caracterizando um anti-iluminismo.
O Foro, que reúne empresários da mídia, políticos e escritores, teve sua primeira reunião em Toledo, na Espanha. Na ocasião, António Guterres, ex-primeiro-ministro de Portugal e atual secretário-geral da ONU, defendeu o iluminismo como um investimento para o desenvolvimento. O iluminismo, movimento intelectual do século dezoito, promoveu a razão, a ciência e o pensamento crítico para transformar a sociedade.
As ações de Trump, no entanto, não refletem esses princípios. O presidente toma decisões arbitrárias e ignora a consulta a seus pares, desconsiderando o julgamento dos Poderes constituídos. Isso contrasta com a ideia de que o conhecimento racional deve ser um instrumento de transformação social, defendido por pensadores como John Locke, Voltaire e Immanuel Kant.
O colunista João Pereira Coutinho, em artigo publicado na Folha, destaca que o conceito de liberalismo, surgido com Adam Smith, envolve a busca pelos interesses individuais dentro de um sistema de governo. O filósofo Michael Walzer acrescenta que ser liberal implica uma dimensão moral, que envolve generosidade e a luta contra injustiças.
Diante disso, as políticas de Trump, observadas nos primeiros meses de seu governo, não se alinham com os preceitos do iluminismo. O cenário atual sugere que, ao invés de um novo iluminismo, o que se vê é uma tendência ao anti-iluminismo, com implicações significativas para a sociedade.
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