04 de mai 2025
Jaime Spengler destaca legado de Francisco e desafios para o futuro da Igreja
Jaime Spengler, cardeal influente, reflete sobre o legado de Francisco e os desafios sociais que o novo papa enfrentará.
O arcebispo Jaime Spengler (à esquerda) em reunião com papa Francisco. (Foto: Divulgação via BBC)
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O arcebispo de Porto Alegre, Jaime Spengler, é um dos cardeais mais influentes do Vaticano e participa do conclave que escolherá o novo papa. Spengler, que preside a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), discute o legado do papa Francisco e os desafios sociais atuais.
Em entrevista, Spengler destacou a importância de uma nova linguagem para a Igreja, enfatizando a necessidade de abordar questões como o medo e a exclusão. Ele mencionou que a sociedade atual é marcada por conflitos armados e desigualdade, com a concentração de riqueza nas mãos de poucos. “O ser humano é visto mais como produto do que como sujeito”, afirmou.
Spengler também refletiu sobre o legado de Francisco, que, segundo ele, trouxe coragem e um foco em temas como ecologia e justiça social. O cardeal ressaltou que o próximo papa deve continuar a construção de pontes com o mundo, promovendo diálogo e inclusão. “A Igreja possui uma reserva ética e moral”, disse.
O arcebispo, que foi ordenado padre em mil novecentos e noventa e cardeal em dois mil e vinte e dois, tem uma longa trajetória no Vaticano. Ele integrou o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e participou ativamente de eventos importantes, como a Jornada Mundial da Juventude em dois mil e treze, onde conheceu Francisco.
Spengler reconhece que a Igreja enfrenta o desafio de transmitir a fé às novas gerações, utilizando uma linguagem que ressoe com os jovens. Ele acredita que a experiência da fé deve ser vivida em comunidade, e não de forma individual. O cardeal também comentou sobre a importância de abordar a questão da pedofilia na Igreja, afirmando que as dioceses estão comprometidas em seguir as orientações do Vaticano.
Com a responsabilidade de representar a América Latina no conclave, Spengler reconhece o peso de sua posição, mas mantém uma postura humilde. “O futuro a Deus pertence”, concluiu, referindo-se à escolha do próximo papa e à continuidade do trabalho iniciado por Francisco.
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